Turma de mestrado da UFRGS visita região de Torres para conhecer história da agroecologia no RS

Na década de 1990, o trabalho de famílias de Três Cachoeiras, Morrinhos do Sul, Torres e outros municípios do Litoral Norte teve um papel decisivo no desenvolvimento de uma agricultura  mais conectada ao meio ambiente no Rio Grande do Sul.

Foto: Grupo visitou a agrofloresta da família Strege Evaldt em Morrinhos do Sul
8 de setembro de 2022

Na década de 1990, o trabalho de famílias de Três Cachoeiras, Morrinhos do Sul, Torres e outros municípios do Litoral Norte teve um papel decisivo no desenvolvimento de uma agricultura  mais conectada ao meio ambiente no Rio Grande do Sul.

Em busca dessa memória, alunos e alunas do Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento Rural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) visitaram a região entre os dias 6 e 7 de setembro. Acompanhados pela professora Rumi Kubo e o professor Alberto Bracagioli, o grupo foi duas cooperativas e uma propriedade rural agroecológica.

Em Torres, pela manhã, na Cooperativa de Consumidores Ecotorres, conversaram com o agrônomo Laércio Meirelles sobre a origem da agroecologia nas regiões de atuação do Centro Ecológico: Serra  e Litoral Norte do estado. Laércio contou como o Projeto Vacaria, idealizado pela também agrônoma Maria José Guazzelli se tornou a ONG de assessoria técnica à agricultura ecológica, relembrou o importante apoio da Pastoral Rural da Igreja Católica à “agricultura alternativa” e muitas outras histórias.

Em Morrinhos do Sul, almoçaram na propriedade da família Strege Evaldt, na comunidade de Pixirica, onde também visitaram o sistema agroflorestal (saf). Em Três Cachoeiras conheceram a cooperativas Econativa, de produtores. No final da tarde o grupo seguiu para Maquiné, onde no dia 7 cumpriria agenda com a Ação Nascente Maquiné (Anama).

O nome da disciplina obrigatória na introdução desse mestrado  é “Problematizando o desenvolvimento rural: questões e perspectivas contemporâneas”.

 

Curiosidade

Autor de dois livros sobre famílias e pessoas da agroecologia na Serra e Litoral Norte do Rio Grande do Sul, Laércio lembrou que, em 14 de outubro de 1989, partiu da região de Antônio Prado e Ipê rumo à primeira edição do que mais tarde seria a Feira do Agricultor Ecologista (FAE), em Porto Alegre. Eram seis agricultoras e agricultores acomodados nos três bancos de uma Kombi.  Um ano e meio depois, iam para mesma feira, somente duas pessoas, na Kombi abarrotada de produtos orgânicos.


Publicado em: Meio Ambiente






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