Participou da Tribuna Popular, na sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Torres de segunda-feira, dia 18 de dezembro, o presidente da Associação de moradores do Bairro Guarita, Emídio Mariano. Ele foi à casa legislativa pedir apoio dos vereadores para o problema do esgotamento sanitário no local. Mas acabou demandando muitos outros assuntos, dentre eles o descarte irregular de lixo feito em pontos do bairro por moradores de outras localidades.
Emídio reclamou da falta de continuidade de uma obra que teria galerias pluviais e arruamento no lado do condomínio Guarita Ilhas Park. Conforme o líder da comunidade, a prefeita anterior negociou a transferência do asfaltamento para outra área da cidade, porque o término das galerias ficou pendente de recursos. E é nas duas pontas desta rua, que não foi plenamente construída, onde está sendo jogado lixo e entulhos por moradores locais e até por moradores de outros bairros.
O lixo é problema também no limite da rua de acesso entre o bairro Guarita e parte do Parque Itapeva. Por ser um lugar onde não há muitas residências (somente o condomínio de um lado da rua e o parque no outro), o lixo é descaradamente jogado lá, sem repressão aos infratores (seja por parte da comunidade ou por órgãos de fiscalização). E é lá, neste ponto, que também está prevista a construção de um muro de concreto nos moldes do muro que divide o condomínio e a rua. Só que tudo depende de mais negociações com a empresa empreendedora, já que existe projeto de outro condomínio, que estaria em fase final de aprovação pela municipalidade de Torres, bem como o fato dos empreendedores terem vinculado estas melhorias adicionais a esta nova liberação legal.
Bairro depende de continuidade, mas já houve várias melhorias
A FOLHA esteve, na última quarta-feira (20) visitando os locais nos quais houve reclamação pelo presidente Emídio Mariano. E o que se nota é que o impacto da implantação do condomínio Ilhas Park no lugar foi muito positivo e impulsiona o bairro num bonito horizonte – mesmo sendo o mesmo bairro fruto de um processo de ocupação sem planejamento no passado, com muitos casos de invasão de terras. O resultado desta falta de planos é um lugar com ruas sem padrão e muitos becos que foram transformados em passagens sem critérios técnicos de urbanismo. E por isso há constante demanda por melhorias.
Além da própria entrada do empreendimento, que naturalmente valoriza todo o entorno do bairro, as compensações de impacto ambiental e de impacto de vizinhança previstas em lei foram na maioria implementadas para serem feitas ali mesmo, no bairro. Isto além das melhorias adicionais e espontâneas dos empreendedores imobiliários aos moradores locais. Foram ruas asfaltadas, redes de captação de esgotos implantadas em algumas ruas, calçadas para pedestres de primeira linha e redes de escoamento pluvial em pontos importantes do Guarita.
Só que, segundo Emídio, as melhorias ficaram pela metade. Promessas feitas pelos construtores do empreendimento ligaram novas melhorias espontâneas ao bairro (como mais redes de captação de esgoto em conjunto com a Corsan), galerias para escoamento de água de chuva, novas ruas e até a construção de uma creche.
Conforme o mesmo líder dos moradores do bairro Guarita, basta a prefeitura aprovar a construção de um novo condomínio, ao lado do atual, que estas melhorias vêm. Emídio lembra que o lugar pode se transformar em um dos bairros mais valorizados da cidade, o que acelera os processos de regularização fundiária pelos moradores da região, e também projeta desenvolvimento urbano futuro.
