Sua real eficácia chegou a ser questionada no começo da pandemia do coronavírus no Brasil. Mas desde meados de abril, as autoridades nacionais passaram a sugerir o uso de máscara de forma cada vez mais intensa, a ponto de governadores e prefeitos decidirem editar decretos municipais e estaduais obrigando o uso do EPI (Equipamento de Proteção Individual) por toda a população. Nesta semana, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que obriga o uso de máscara nos espaços públicos em todo território brasileiro.
Em Torres, o uso de máscaras de proteção é considerado obrigatório desde o dia 14 de maio – como consta em decreto 093/2020 da Prefeitura, que pode tomar este tipo de medida uma vez que a cidade está em regime de calamidade pública. Ou seja: todas as pessoas que estiverem na rua, nos espaços urbanos públicos e estabelecimentos comerciais deveriam usar a máscara. Mas parece que a comunidade não está levando em conta esta tendência nacional de utilizar a proteção – que serve para proteger a si próprio de possível contaminação pelo Coronavírus e, principalmente, de que um eventual infectado contamine seus pares da sociedade.
Grande presença de pessoas na Prainha é questionado
Na semana passada, a prefeitura de Torres editou decreto suplementar ao do governo estadual, o qual obrigava que todo o comércio local ficasse fechado no domingo, incluindo Supermercados, Postos de Combustíveis e Restaurantes. Tudo para diminuir o risco de contaminação no município, que está no limite entre a bandeira laranja e bandeira vermelha na classificação organizada pelo governo do RS para definir a situação das regiões sobre o risco de contaminação e de mortes pelo covid-19. No centro de Torres, assim como acontece em dias úteis, o uso de máscara e outros cuidados acerca do isolamento social foi relativamente obedecido. Mas na Prainha, no final da tarde de domingo (17), como em finais de semana normais, houve grande junção de pessoas. E, além de geraram possíveis aglomerações, muitas não estavam utilizando máscaras de proteção, o que gerou preocupação nas redes sociais.
Usando máscaras, a equipe do Jornal A FOLHA circulou pela cidade no domingo (17) e publicou na página do Facebook uma postagem, com imagens da Prainha sobre a beleza do dia na orla, quando o mar estava com águas límpidas em contraste com o belo céu azulado. Mas o envolvimento das pessoas mostrado em inúmeros comentários embaixo da postagem não foi só de elogios às paisagens. Alguns reclamavam que a população não estaria colaborando com as medidas de isolamento social decretada a mais pela prefeitura, principalmente sobre as aglomerações na Prainha sem o uso de máscaras de proteção ao vírus. Mas outras reclamações acabaram aparecendo, cobrando da municipalidade mais fiscalização perante as medidas decretadas. Pois realmente, não apareceu qualquer autoridade fiscal cobrando o uso obrigatório das máscaras.
Mascaras vieram para ficar
Independente de quando e como esta pandemia de Covid-19 irá ficar menos agressiva, mais sob controle das autoridades de Saúde no Brasil, parece que a utilização dos EPI’s como Viseiras e Máscaras de Proteção é uma tendência que veio para ficar. Em lugares onde está havendo flexibilização das medidas de isolamento social na Europa, por exemplo, está sendo pedido que as pessoas usem máscaras no seu dia-a-dia – em locais públicos e estabelecimentos. As matérias televisivas que cobrem estas “retomadas graduais” de aspectos sociais e econômicos em meio a pandemia estampam que as máscaras fazem parte do vestuário das pessoas – independente de cultura ou classe social. Parece que as máscaras dão mais segurança para que as pessoas transitem… segurança esta de reduzir as chances de pegar o vírus e, principalmente, segurança de não ficar com a consciência pesada de eventualmente passar o Coronavírus para outra pessoa após se contaminar, o que pode acontecer com 100% da população que ainda não está imunizada.