A crise econômica no final da primeira década do novo século e o contexto do desmonte da estabilidade e proteção da classe trabalhadora nos EUA é o ponto de partida de “Nomadland”. O filme transita fluidamente entre ficção e documentário se baseando no ensaio de 2017 “Nomadland: Sobrevivendo à América no Século XXI” de Jessica Bruder. Realização da cineasta Chloé Zhao (que venceu o Oscar por esse trabalho) encerra na segunda-feira dia 28, às 20h o ciclo de abril do Cineclube Torres.
A sessão, com entrada franca, finaliza o ciclo de abril “Distopias/Utopias do Antropoceno”, realizado na Sala Audiovisual Gilda e Leonardo (Rua Pedro Cincinato Borges, 420 – junto a UP Idiomas – Torres RS), pelo Cineclube Torres. Cineclube que é uma associação sem fins lucrativos com 13 anos de história, em atividade desde 2011, Ponto de Cultura certificado pela Lei Cultura Viva federal e estadual, Ponto de Memória pelo IBRAM, Sala de Espetáculos e Equipamento de Animação Turística certificada pelo Ministério do Turismo (Cadastur), contando para isso com a parceria e o patrocínio da Up Idiomas Torres.
Sobre o filme
Nomadland acompanha a jornada de uma mulher, a Fern, interpretada pela excelente Frances McDormand, numa migração forçada pelos dilatados horizontes estadunidenses, em busca de emprego e de uma almejada liberdade da opressão do sistema neocapitalista.
O filme foi sucesso de crítica e, apesar do formato inusitado, de público, obtendo recordes de bilheteria nos EUA. No 93º Oscar o filme ganhou as estatuetas de Melhor Filme , Melhor Diretor e Melhor Atriz para McDormand.
“O poder da direção está na estética de “diário de viagem” que pega elementos de contemplação física e emocional, os belos desertos do meio-oeste americano, a honestidade dura dos planos aproximados do personagens e da panorâmica abordagem em planos abertos” (Kevin Rick, em Plano Crítico)