VENDA DE IMÓVEIS REAGE NO BRASIL (E EM TORRES TAMBÉM)

Os lançamentos de empreendimentos tiveram alta de 119,7% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre do ano

Fotografia do entorno das "Quatro Praças", em Torres (fonte: Nossa Casa Imobiliária)
28 de agosto de 2018

A venda de imóveis no país aumentou 17,3% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior. Em relação ao mesmo trimestre de 2017, houve alta de 32,1%. Os dados – divulgados nesta semana pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em São Paulo – consideram 21 cidades e regiões metropolitanas.
Por regiões, o Norte se destaca com aumento de 40,7% nas vendas, seguido pelo Nordeste (34,7%). O Sudeste teve alta de 16,4% e o Centro-Oeste, de 6,7%. O Sul foi o único a apresentar queda: 1,1%.

Lançamentos com robustas altas no sul

Os lançamentos de imóveis tiveram alta de 119,7% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre do ano. Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, houve elevação de 19,9%. A região Centro-Oeste acusou aumento de 697,7% nos lançamentos e o Sul apresentou alta de 234,1%. Já o Sudeste registrou aumento de 144%, o Nordeste teve queda de 4,7% e o Norte não anotou variação.

Redução de estoques

Um resultado positivo para o setor foi a redução nos estoques nos últimos três anos. Em dezembro de 2016, no Brasil, considerado o “fundo do poço” para a comercialização de imóveis, o estoque era de 21 meses. Um ano depois, caiu para 17 meses. Neste levantamento, de junho de 2018, os estoques recuaram para 12 meses.
“As vendas estão maiores que os lançamentos, que subiram bastante, mas não são suficientes para repor o que está sendo vendido”, disse o presidente da CBIC, José Carlos Martins.
“Os estoques estão bem equilibrados, o que falta não é nem produto, nem demanda. Faltam mais confiança do empresário e crédito”, avalia Celso Petrucci, presidente da Comissão da Indústria Imobiliária da CBIC.

Minha Casa, Minha Vida é POLITICA DE ESTADO

No primeiro semestre, 40% das vendas na cidade de São Paulo foram de imóveis do Programa Minha Casa, Minha Vida. Petrucci destacou a alta demanda habitacional para a primeira moradia no Brasil e disse que não acredita numa alteração ou suspensão do programa pelos candidatos à Presidência da República. “O programa é uma política de estado, não vejo condição de nenhum eleito propor redução”, disse.
“É muito difícil ouvir falar, desde 2009, de um empreendimento [do Minha Casa, Minha Vida] que não tenha dado certo”, afirmou. “Isso reforça a importância do programa, é importante que não sofra descontinuidade”, completou.
A projeção da CBIC para o acumulado até o final do ano, em relação a 2017, é crescimento de 5% a 10% nos lançamentos e alta de 10% a 20% nas vendas.

“Em Torres as vendas nunca caíram”

Conforme informou para A FOLHA o Presidente da ACTOR (Associação dos Construtores de Torres), Eraclides Maggi, “a cidade nunca sentiu com força a crise”. O movimento macroeconômico do Brasil puxou o movimento conforme seu comportamento, mas nunca no sentido de deixar a cidade de Torres em situação de crise no mercado imobiliário.
Para A FOLHA, o presidente da ACTOR informou na quinta-feira que o crescimento médio no mercado local foi de 20% – se for comparado o primeiro semestre de 2018 em relação ao 1º semestre do ano passado, 2017. É que a cidade possui clientela eclética, formada de veranistas de várias regiões produtivas do Estado (que se comportam de forma diferenciada – quando uma sobe, a outra desce), além de clientela local, que vive deste movimento eclético do Turismo/veranismo em boa parte da geração de renda. E esta espécie de ‘diluição de clientela’ acaba diluindo o risco de quedas bruscas, bem como de aumentos bruscos.


Publicado em: Economia






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