Na última sessão da Câmara Municipal de Torres, realizada na segunda-feira, dia 26 de novembro, o vereador Gibraltar Vidal, o Gimi (MDB) usou seu espaço de tribuna para, dentre outras coisas, defender reajustes dos servidores públicos da municipalidade.
“Se o IPTU vai subir mais de 10% como recebemos a informação, acho que o governo deveria repassar o mesmo índice aos salários dos funcionários públicos”, sentenciou o vereador. Gimi se referiu a uma espécie de “tradição” que existe nas questões de relação entre salários e correção monetária. Por isto, pede que o prefeito repasse o aumento projetado dos impostos – a ser realizado por decreto (sem ter de ser aprovado pela Câmara), consequentemente, oriundo do IGPM (índice Geral de Preços Médios) – à folha de pagamento dos salários dos servidores municipais.
Nova Planta de Valores do IPTU foi rejeitada há um ano
No final do ano de 2017, a Câmara municipal rejeitou um projeto de lei, de autoria do Poder Executivo, que modificava as fórmulas de cálculo de mensurações de valores dos imóveis de Torres, o que é chamado de “Nova Planta de Valores”. O argumento do governo Carlos Souza era de que o novo critério iria beneficiar os mais pobres e cobrar este benefício dos imóveis mais valorizados. Ou seja, o imposto iria diminuir para residências, apartamentos e terrenos menos valorizados e aumentar para os imóveis mais caros. E a arrecadação municipal iria aumentar por isto, também.
Mas a Câmara Municipal rejeitou o PL e a planta ficou sem modificação. Sequer houve tempo de reajustar os impostos dentro do sistema mantido. Até parte da base aliada do prefeito Carlos Souza na casa votou contrário às mudanças dos critérios de mensuração dos imóveis em Torres, por conta de uma desconfiança (difundida em parte por estes mesmos vereadores para a comunidade) de que a prefeitura estaria AUMENTANDO os impostos.
