Na sessão da Câmara Municipal de Torres, realizada na segunda-feira, dia 5 de outubro, o vereador Gibraltar Vidal, o Gimi (PP) utilizou todo seu espaço de tribuna para ler um ofício oriundo de seu gabinete que foi encaminhado para a promotoria de Justiça (Ministério Público Estadual) da comarca, localizado em Torres. A matéria do ofício diz respeito a um pedido de Informações também enviado pelo gabinete do vereador, diretamente para o Hospital Nossa Senhora dos Navegantes (HNSN), mas que não foi respondido pela instituição de Saúde.
Em ambos os documentos (para o hospital e para o MP), o texto der Gimi estampa os pedidos feitos pelo vereador à diretoria do Hospital. São eles:
1 – Os valores que hospital recebeu em emendas parlamentares federais e estaduais nos anos de 2017, 2018, 2019 e 2020, assim como a origem dos recursos (deputado que mandou o dinheiro), ano a ano, emenda a emenda.
2 – A prestação de contas através de relatório especificado, de onde e como foram utilizados os recursos das mesmas emendas demandadas acima, também nos anos de 2017, 2018,2019 e 2020.
3 – Relatório específico sobre a utilização de recursos de Auxílio Emergencial enviados neste ano de 2020, oriundos do gabinete do Senador Luiz Carlos Heinze, no valor de R$ 1.469.000,00 (R$ 1 de Portaria do Ministério da Saúde.
4 – Relatório sobre recursos recebidos do governo Federal ou estadual referente ao tratamento da Covid-19, caso isto tenha ocorrido.
O vereador Gimi, no mesmo ofício enviado ao MP, justifica o motivo afirmando que fez isto para que a promotoria tome providências junto à Diretoria do Hospital Navegantes, já que este não respondeu a demanda diretamente pedida pelo seu gabinete.
Gimi acha que a instituição não respondeu ao seu pedido diretamente por entender que se trata de um vereador municipal, quando o HNSN é ligado aos governos estadual e federal. Mas alertou em seu depoimento na tribuna da sessão da Câmara, “que o hospital é uma entidade que recebe dinheiro público e que, portanto, o vereador tem direito e até a obrigação de exigir a transparência da utilização destes recursos”, já que o hospital trabalha dentro do município de Torres e para os moradores de Torres e das cidades vizinhas.