No dia 6 de agosto, durante a primeira sessão da Câmara Municipal de Torres após o recesso parlamentar de julho, o assunto da possibilidade da construção de um porto (turístico ou de cargas) junto a orla de Torres acabou também sendo pauta de parte dos pronunciamentos de três vereadores. Uma reunião que lançou o assunto no ar recém havia sido realizada, no mesmo dia 06 de agosto.
O Vereador Ernando Elias (Rede) esteve participando da reunião da apresentação, como convidado. E em seu pronunciamento na sessão da Câmara, afirmou que ficou assustado em saber que a ideia de porto chegou a ser ventilada nos anos 30, na época de Hitler, quando este estava no poder na Alemanha (seria uma ideia vinda daquele governo para o Brasil). E ironizou afirmando que parece que os alemães voltaram a querer investir em Torres. Elias não se posicionou de forma clara – só questionou sobre a possibilidade do povo da cidade aceitar a construção de algo deste porte. Mas lembrou do fato de também pesar a favor da obra o lado financeiro, para arrecadação do Estado do RS e da cidade de Torres.
Já o vereador Gimi (MDB), mesmo não sabendo detalhes do projeto, de certa forma foi peremptório contra a ideia de um porto em Torres. Disse que é que é contra se for porto de carga. E lembrou que as cidades que mais tem AIDS proporcionalmente são localidades que possuem portos: Santos (SP) e Rio Grande (RS). Mas abriu a possibilidade de apoiar a medida, caso seja uma espécie de marina para barcos de turismo. “Não imagino a cidade de Torres recebendo caminhões carregados e despachando outros caminhões carregados”, disse Gimi.
O Vereador Tubarão aproveitou o feito e já deu uma espécie de cutucada de oposição em seu pronunciamento. “Falam em porto, mas na situação atual não podemos sequer acessar a ponta dos molhes a pé, de tanto buraco que tem”, ironizou.
Uma ideia a ser debatida com calma
O inicio do debate da construção ou não de um porto turístico ou de carga em Torres acontece por conta de haver um projeto sobre o tema (confira na PAG 6), que está sendo pautado por um engenheiro para que seja colocado nos planos de trabalhos dos candidatos ao cargo de presidente do Brasil – e nos que postulam os cargos políticos de representação do Estado do RS ( governador e Senador). O Engenheiro e o político que encabeçam a ideia, no entanto, deixam claro que querem que haja debates profundos sobre o assunto em Torres e não região. E insistem que a obra só será implementada ou mais detalhada quando a comunidade local der sua opinião final sobre o assunto.