Ainda faltam R$ 500 mil para término da duplicação no número de leitos da UTI no Hospital de Torres

Hospital Navegantes ressalta que existe, a seguir, um desafio maior: o de viabilizar o CUSTEIO permanente desta nova unidade (equipe profissional, insumos, etc.)

Fachada do hospital Nossa Senhora dos Navegantes, em Torres
27 de outubro de 2017

Ainda não há previsão para o Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, de Torres, entregar para a comunidade a duplicação de leitos de sua UTI (Unidade de Tratamento Intensivo). Há algumas semanas, um grupo de políticos da cidade e região conseguiu aprovar a reversão de uma verba, que estaria dada como perdida no orçamento do Estado. É que as verbas estavam previstas para a compra de equipamentos. E a reversão, feita de forma política junto ao governo do RS, que agora permite que os valores sejam empregados na construção do espaço.

Este valor estava parado e foi obtido no processo do governo gaúcho chamado de Consulta Popular para ser utilizado no Hospital – que atende, além de Torres, vários outros municípios da região. Foram R$ 383 mil que agora estão disponíveis para serem usados na obra, que teoricamente encerrou após o espaço da UTI e os equipamentos estarem prontos. Entretanto, estes não podem ser usados ainda por ainda não estar pronto todo o sistema de ACESSO – como escadas, elevadores, acessibilidade diferenciada, dentre outros. Esta forma de construção em fases foi optada pela administração do HNSN, justamente para poder ter acesso às verbas públicas fragmentadas, como esta da consulta popular, que não chegariam aos valores totais nunca.

Conforme nota emitida pela assessoria do Hospital Navegantes, através do administrador Ademar Soares, “o projeto aprovado foi arquivado por falta de orçamento público disponível. Assim, ainda resta a realização da obra de acesso a de duplicação das unidades de leitos de UTIs (de 5 para 10), apesar de já ter sido usado na obra mais de R$ 1,4 milhão de reais  (dos quais mais de 750 mil foram aportados pela mantenedora). E esta última fase da obra, orçada por escritório de arquitetura especializado, prevê o custo superior a R$ 950 mil para sua conclusão”.

 

Faltam cerca de R$ 500 mil que devem ser captados para obra

 

Destes quase R$ 1 milhão, atualmente encontram-se disponíveis para a obra de acessibilidade ao andar da nova sala – que terá 10 leitos da UTI. Destes, R$ 116.448,99 são provenientes de uma parceria com o Ministério Público Estadual, e R$ 382.917,00 provenientes de convênio com o Estado-  que obteve adaptação de rubrica (conforme explicado acima).  Em resumo, para que a obra seja concluída, ainda resta a necessidade da captação do restante do valor necessário, estimado em quase meio milhão de reais.

Conforme informou para A FOLHA a mesma administração do HNSN, “os equipamentos complementares para a nova UTI estão sendo adquiridos por intermédio de uma emenda parlamentar no valor de R$ 1 milhão. Mas os valores da obra física (acesso ao andar da nova UTI), ainda não possuem fundos nem previsão de obtenção dos mesmos”.

Em uma reunião realizada no Conselho de Saúde de Torres, ainda no início do mês de agosto, o presidente do conselho, Francisco Pereira, pediu para que a administração do HNSN fizesse justamente este levantamento de quanto quanto faltava em recursos, após a reversão das verbas estaduais em favor do projeto. Os dados foram conseguido pelos políticos locais e regionais junto à secretaria de Saúde do RS (principalmente os deputados do PMDB Alceu Moreira – federal – e Gabriel Souza – estadual).  Naquela reunião, em agosto, o conselho sugeriu que o grupo iria elaborar uma estratégia de buscar os recursos em entidades alternativas – como Lions, Rotary, dentre outros – caso os valores fossem factíveis para esta estratégia.  E, portanto, o assunto deve ser pauta de próxima reunião do Conselho de Saúde de Torres.

 

Convênio para tratamento do Câncer aqui em Torres

 

A administração do Hospital Navegantes informa, ainda, que existe a seguir um desafio maior: o de viabilizar o CUSTEIO permanente desta nova unidade (equipe profissional, insumos, etc.), desafio este que se inicia com a entrega da unidade à comunidade, mas que precisa de aportes de recursos mensais para que a administração consiga pagar os custos administrativos e técnicos pela DUPLICAÇÃO do número de leitos de UTI em Torres.

Uma das possibilidades é a ampliação de CONVÊNIOS entre o hospital e entidades, prefeituras e etc. E já está previsto em acordos tácitos anteriores com o Ministério da Saúde do Brasil, a formalização de um convênio para tratamentos oncológicos, aqui no Hospital. É que o Ministério exigia justamente esta obra para liberar o convênio. E isto, finalmente pode possibilitar que pessoas que atualmente têm de viajar para a capital para fazer sessões de radioterapia e quimioterapia, possam ter a opção de realizar seus tratamentos contra o câncer aqui, na cidade onde moram ou próximo a elas (no caso das outras que não são Torres).


Publicado em: Saúde






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