Cineclube Torres retoma sua programação com ciclo de filmes Ibero-Americanos

Após quase dois anos de interrupção, sessões do projeto cultural - que destaca e debate filmes relevantes e significativos do cenário mundial - retorna no Museu Histórico de Torres

11 de março de 2022

Finalmente o Ponto de Cultura Cineclube Torres vai ter a possibilidade de retomar a sua programação continuada, com encontros presenciais, após uma interrupção de quase 2 anos, nos quais as atividades foram em sua grande maioria virtuais. É também a volta do Cineclube a um espaço público, nesse caso o Salão do Museu Histórico de Torres, no edifício que foi durante mais de 50 anos sede da Prefeitura e no espaço onde se realizaram sessões da Câmara Municipal.

Foi longo o caminho da associação para conseguir a utilização continuada deste espaço, uma luta que começou antes da pandemia, com o fechamento do Auditório José António Picoral, e que se deu por sucessivos ofícios e reuniões com os responsáveis pela cultura do município, hoje bem mais atuantes na pasta e sensíveis às demandas de vários setores da cultura local.

O salão do museu representa, desde o final de 2019, o único espaço cultural público para eventos, embora de pequeno porte, e as melhorias para o espaço sugeridas pelo Cineclube e prometidas pelo poder público (sistema de escurecimento, ar-condicionado) permitirão um uso coletivo em segurança e conforto, enquanto se aguarda a almejada e necessária reforma do edifício.

 

Filmes íberoamericanos

As atividades do Cineclube Torres recomeçarão no dia 14 de março às 20 horas (a tradicional segunda cineclubista) com a sessão inaugural de um Ciclo de Filmes de Expressão Ibero-Americana: o filme “Pacarrete”, de 2019, filme alusivo ao Dia Internacional da Mulher e um dos filmes brasileiros recentes mais premiados nacionalmente e internacionalmente, que obteve no festival de Gramado a vitória em 8 categorias, incluindo melhor filme e direção. A personagem principal do filme, Maria Araújo Lima, a “Pacarrete”, interpretada pela magnífica Marcélia Cartaxo (A Hora de Estreia), é uma bailarina idosa, considerada louca, que vive em Russas, no Ceará, uma cidade do interior. Na véspera da festa de 200 anos da cidade, ela decide fazer uma apresentação de dança como presente para o povo local, mas só encontra indiferença e desrespeito à sua arte.

O ciclo de filmes, exibidos sempre nas segundas-feiras até final de abril, prevê 7 filmes de 7 países ibero-americanos e representa a nona edição de uma mostra que tradicionalmente ocupa a programação de verão do cineclube desde o início das atividades. Desde 2011 o Cineclube Torres afirma com esta programação especial a importância da reflexão sobre a complexa identidade cultural Ibero-Americana, particularmente interessante no Rio Grande do Sul, um lugar de confluência e de síntese das diretrizes fundamentais que compõem esta peculiar expressão cultural e fílmica. A organização das sessões é do Cineclube Torres, Associação sem fins lucrativos, Ponto de Cultura pela Lei Cultura Viva, em atividade desde 2011, e conta com o patrocínio da Up Idiomas Torres e o apoio institucional da Secretaria Municipal da Cultura e do Esporte.


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