A cidade de Torres, quase todo mundo sabe, surgiu e se desenvolveu por um bom tempo, na parte alta da cidade. A parte baixa da cidade era um banhado só. A lagoa do violão nem dava para se notar, ela se confundia com o banhado a sua volta. Com o passar do tempo foi feito uma rua que chamaram de rua do Aterrado. Esta rua ligava a cidade ao interior do município. Mais tarde ela se transformou na avenida principal da cidade, a avenida Barão do Rio Branco.
Não me lembro quando iniciou o problema de alagamento na avenida e nas ruas adjacentes, mas lembro que, onde hoje ainda acumula muita água, havia muito banhado. O crescimento da cidade fez com que esses banhados fossem aterrados e as águas ficassem acumuladas nas ruas sem ter para onde escoar. O asfaltamento de grande parte desta área da cidade também colaborou para este acúmulo de água, assim como a rede de esgoto pluvial, que antiga e com pouca capacidade, não suportou a quantidade excessiva de água.
Desde então, a cada chuva mais volumosa, algumas ruas próximas a avenida Barão do Rio Branco, e a própria, ficam alagadas. Esse problema, aparentemente sem solução, ficou mesmo “sem solução”.
Depois da passagem de várias administrações municipais a atual gestão resolveu solucionar o problema de drenagem da avenida principal da cidade.
Uma solução simples, mas com grande chance de dar certo, foi posta em prática. Escoar as águas diretamente para o riacho através de canos bem maiores que os anteriores. E foi feito.
Após a primeira chuva mais “forte” parece que o trabalho não foi lá essa excelência toda e o alagamento continuou.
Não sou especialista neste assunto, mas ouvindo várias pessoas, principalmente dessa área que sempre alaga, cheguei a uma simples conclusão: faltou uma quadra para se chegar ao foco do problema.
Porque não chegaram até a quadra da rotatória? É lá que desembocam as águas vindas de várias outras ruas. Lá está o principal problema.
Faltaram poucos metros de cano ou de vontade.
Para segurar o projeto vejo que tem várias mãos, mas e para pensar o projeto, quantas foram as cabeças pensantes?
