CULTURA, FORMAÇÃO E EXPOSIÇÃO DA ARTE TORRENSE

Coluna de Fausto Jr - Jornal A FOLHA - Torres - RS - Brasil

3 de outubro de 2022
Por Fausto Júnior

A audiência pública sobre a situação da Cultura em Torres – promovida pela Câmara dos Vereadores nesta semana – mostrou o lado de vários ATORES de cultura da cidade. Eles querem que a cidade dê espaço (subsidiado ou gratuito) para que a arte local tenha fôlego de caminhar para poder mostrar seu trabalho, assim como (e principalmente) para exercitar as artes, para que artistas bons apareçam e consequentemente possam mostrar e vender seu trabalho para sustento – e em nome da cidade, o que é um ciclo virtuoso de ação.

A arte é um dos setores que mais têm capacidade de ajudar um local a definir sua identidade, ter seu conceito com suas diferenças, se destacar e até se vender para fora (TURISMO) por conta desta diferenciação cultural. O artesanato, a música, a gastronomia, o legado histórico, dentre outras formas diversas de arte, podem ser a marca de uma cidade, de um estado ou país.

No turismo isto se chama de Turismo Cultural.  Em Salvador da Bahia, por exemplo, as pessoas saem de lá com as fitinhas de Nosso Senhor do Bom Fim, com instrumentos utilizados na Capoeira, com sandálias e sacolas de couro cru. E lá não deixam de comer um Acarajé, um Abará, um Vatapá, além de sentir o apimentado forte que os locais utilizam nestas iguarias.  Além do carnaval de rua atrás do Trio Elétrico…

Se falarem em Salvador em todo o mundo, as pessoas vão ligar a cidade diretamente a estas coisas, muito provavelmente.

Trabalhar o Turismo Cultural em Torres seria uma forma de acionar as forças artísticas locais para que se qualifiquem, a ponto de criarem diferenciais competitivos reais para serem “consumidos” pelos turistas. Se houver qualidade, pessoas vão vir para Torres para, dentre outros quesitos que já são diferenciais turísticos (como a natureza, a infraestrutura urbana e a boa estrutura viária), também para apreciar mostras de artesanato, mostras de músicos locais, pratos típicos locais – como já é a Casquinha de Siri e etc. E isto pode fomentar as coisas dos dois lados: as pessoas turistanto aqui, fomentando que os moradores se especializem mais ainda em suas artes prestigiadas pelos visitantes.  E os moradores se especializando, por sua vez, fomentam a vinda de mais turistas na busca do consumo da Cultura Viva local.

 

CULTURA ENSINADA, LOCALIZADA, DIFERENCIADA

 

Uma forma de fomentar a Cultura de algum lugar é colocar as especificidades da cultura local no ENSINO dos alunos, tanto no 1º grau, mas principalmente no segundo grau. Proporcionar aula de violão, piano, flauta e outros instrumentos para quem se interessa por isso já nas escolas seria uma forma dos alunos verificarem se levam jeito ou não para estas arte, se motivarem. Isto seria interessante também em artesanato, em teatro (dramaturgia) e etc. E utilizar coisas já feitas na cidade como exemplos poderia fomentar mais ainda que as artes e os costumes locais possam se multiplicar mais, ajudando a fortalecer a identidade própria em Torres.

Cadeiras e bolsas de palhas daqui, entalhes de madeira para aproveitar a rusticidade que a vida à beira mar sugere, fomentar aulas de música (incluindo o reggae, que também é uma batida característica de locais tropicais no mundo), fomentar a elaboração de pratos com alimentos de produção local, como casquinha de siri, rosca e tapioca com a mandioca local, sorvetes de açaí daqui e etc. Inclusive, fabricar mais sorvetes (no verão) em Torres poderia funcionar como funcionou a fabricação de chocolates (no inverno) em Gramado. Cerveja local, produtos derivados do açúcar (cachaça, rapadura, melado, puxa- puxa, pé de moleque e etc.) também poderiam ser avaliados como plataforma para a arte da culinária local.

A prefeitura poderia subsidiar a formação de escolas deste tipo de arte aos moradores junto ao SENAC, ao SEBRAE, ou outros. Um projeto do tipo já está sendo impulsionado pela municipalidade, inclusive. Mas um Centro de Cultura de Torres – com teatro e espaço para mostras e para oficinas de arte – seria o começo de tudo isto.

Um Mercado Público –  para que produtores e artesãos locais mostrassem e vendessem suas produções – também poderia servir como um marco, como o que existe em Salvador da Bahia, por exemplo. Uma ideia da coluna.

 

Banheiros públicos no inverno

 

O vereador de Torres Silvano Borja Indicou para que a prefeitura tome providências no sentido de colocar um banheiros públicos, na Praia Grande, em frente ao Dunas Hotel.

O vereador defende que se trata de um local muito frequentado diariamente por quem costuma ver o mar e tomar chimarrão.  E que, além destes, há também aquelas pessoas que fazem caminhada no calçadão que tem ali um ponto de apoio. O Contêiner/banheiro sugerido, para o vereador dará uma qualidade a mais neste local de recreação e descontração da cidade.

Pode ser… Mas por que não ficar na Praça da Prainha, como de costume ?

 

SANSÕES FORTES… ESTE É O CAMINHO

 

O vereador Cláudio Freitas, por sua vez, formalizou pedido de providências para que sejam colocadas pedras ou contenção no “Caminho da Santinha” para que os carros e motos não passem no Calçadão da Praia da Cal, local que dá acesso a Grutinha do Morro do Farol. É que neste final de semana filmaram uma SUV passeando no caminho e insistindo em continuar.

Acho que deve haver SINALIZAÇÃO, com comunicação de multa e sanção aos motoristas que infringirem a lei. Atualmente podem-se verificar as placas dos veículos e utilizar filmagens de câmeras para provas. Colocar pedras e obstáculos atrapalha os pedestres e ciclistas, além de depreciar a vista dos caminhos à beira mar.

 

 

 

 




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