Não há nada igual a morar na praia.
Uma foto que ilustra bem essa condição é aquela que o cidadão ou a cidadã, foca o mar, suas pernas e clica… tipo essa deste texto. Pronto é tudo que ele (ou ela) queria!
No início pode parecer que sim, mas o tempo dirá que não.
Sabe aquele parente que você não vê há anos? Ele será visto com mais frequência. Ele se “convidará” para passar alguns dias em sua casa na praia, para relembrar os velhos tempos. E trará seus filhos e seus pets (cachorro, gato, papagaio e afins), mesmo você dizendo que não tem lugar para todos. “Mas não se preocupe conosco”, dirá o seu novo inquilino não pagante, “nós nos ajeitamos”.
Eles saírão pela manhã para a praia e voltarão a tempo de “filar” o almoço, lá pelas 13 horas, mais ou menos. Depois da “siesta”, uma pausa para o café da tarde e depois daquele passeio pela cidade, a volta para o jantar. E a pensão ficou completa: café da manhã, almoço, café da tarde e jantar.
Sua privacidade desapareceu. Eles tomam conta da sala da cozinha (e geladeira), seu ar condicionado (ou ventilador) e você fica confinado no seu quarto, se ele ainda não foi cedido.
E nada de contribuição para as despesas. Na verdade, com a superlotação da casa, as despesas aumentarão ainda mais. Banhos demorados, ar condicionado ligado o dia todo e a conta da luz triplicará. Quando muito, com muita insistência, abastecerão a sua geladeira com um fardo de cervejas.
Assim, a sua casa da praia se transformará na casa da praia da família.
Realmente não existe nada melhor que morar na praia …
E tudo recomeçará no próximo verão…ad aeternum!
NB: Esta crônica é uma “peça de ficção”, mas tem um fundo de verdade!
