Recebi de uma fonte em Porto Alegre o alerta sobre uma sinalização opinativa (que chequei diretamente no Blog do jornalista Flávio Pereira) que afirma de forma segura que “a indefinição do prefeito reeleito de Torres, Carlos Souza (PP) em sugerir um nome para a sua sucessão estaria deixando em aberto o debate em torno de candidatos alinhados com o governo do município”. E que nessa indefinição, cresce o nome do vice-prefeito, o médico Fabio Amoretti, “declaradamente pré-candidato”, diz o Flávio.
O Blog diz ainda que Amoretti estaria levando vantagem pelo fato de já estar integrado à estrutura do governo como vice-prefeito, ser nascido em Torres e de “não esconder de ninguém o sonho de disputar a prefeitura da cidade” (parece frase feita por terceiro, uma espécie de clichê).
O jornalista ainda afirma que “a intensa atividade na área da saúde de Amoretti tem aberto espaços para aumentar sua popularidade nas periferias, o que tem lhe dado vantagem em relação a outros nomes que pretendem disputar a prefeitura de Torres”. E que Fábio também tem conversado com lideres de vários setores, quando um dos interlocutores frequentes tem sido o advogado Ivo Rocha, ex -procurador do município, pai da ex- procuradora do governo Nílvia (Vivian Rocha), e, diz Pereira “um dos lideres políticos mais experientes da cidade”.
O dono do Blog, jornalista Flávio Pereira não é de Torres, mas está sempre ao redor da cidade em períodos eleitorais. O jornalista inclusive já teve uma coluna num jornal local (Diário de Torres) em 2004, jornal que não durou um ano. Ele também trabalhou junto a um comitê fazendo pesquisas no ano de 2004…
Mas a sinalização eu já havia recebido de uma fonte por aqui. E se a fonte desta fonte não for o dono do blog da notícia acima, será uma forte evidência que o movimento procede. Olho no lance!
TAPA – BURACOS EM DEBATE
Na sessão da Câmara de Torres de segunda, dia 11, o assunto BURACOS nas ruas apareceu mais uma vez. E mais uma vez em setembro, no meio do período chuvoso e pós – inverno (causa dos buracos). O vereador Moisés Trisch (PP) reclamou que não havia fundamento o vereador pedir para a prefeitura tapar buracos na rua, para ele uma função fundamental de qualquer administração. E disse que a cidade já tem buraco abrindo dentro de buracos tapados, mesmo que ainda existam muitos buracos existentes a serem ‘trabalhados’ pela 1ª vez, como afirmou seu colega Alexandre Negrini, antes.
MAIS DEBATE SOBRE TAPA – BURACOS
O vereador Negrini, sobre o mesmo assunto, havia usado seu espaço de tribuna para anunciar que tinha questionado junto à prefeitura sobre buracos no asfalto e que teria recebido a seguinte resposta. 1 – Que a operação Tapa Buracos ia continuar após parar um pouco por conta das chuvas dos últimos dias. 2 – que a novidade é a de que nas contratações, a municipalidade estava formalizando uma cláusula, onde afirma que “só será feito o pagamento ao empreiteiro contratado para tapar buracos em vias, após a prefeitura constatar que o serviço foi bem feito e completo”.
O vereador Vilmar ‘Theo’ Santos Rocha (UB) elogiou o seu colega de partido, Secretário do Planejamento Mateus Junges por ter entregado uma rua inteira asfaltada que foi encerrada nestes dias e inclusive vai ser centro de uma nova rótula junto a Avenida José Bonifácio. E disse que os buracos das OUTRAS ruas só seriam bem tapados se fossem feitos com cortes quadrangulares da área reparada, o que não estaria sendo a prática atual, conforme a sua avaliação (ver. Santos Rocha).
O vereador Rafael Silveira a seguir lembrou seu colega Theo que o Tapa – Buracos também é de competência de seu colega Mateus Junges, do Planejamento, do partido de Theo…
FOGO AMIGO OU PERÍODO ELEITORAL?
Na prática estamos vendo uma espécie de fogo amigo entre a base do governo na Câmara de Vereadores acerca da questão da buraqueira das ruas de Torres, o que gera mais atenção para onde irá esta espécie de troca de farpas, se em interferência do prefeito Carlos ou se em mais embates dos representantes de partidos da base eleitoral. E esta espécie de saída da curva dos vereadores ligados ao prefeito pode dar sinais que a suposição da entrada do vice-prefeito Fábio Amoretti na corrida para o nome que irá ser cabeça de chapa na eleição de 2024 representando esta coligação política ligada ao PP de Carlos Sousa pode ser uma verdade.
Com isto, o empresário Nasser Samhan, que se apresenta como nome que irá liderar toda esta coligação no ano que vem, desta feita teria mais um concorrente, além da vontade implícita (mas crescendo em aparência) da entrada de outros nomes de outros partidos no páreo para a cabeça de chapa. O ex-vereador Tubarão, pelo PSDB, por exemplo, o secretário Mateus Junges, pelo União Brasil… Até o vereador Rafa Silveira também do PSDB pode surgir como uma jovem alternativa. Mas se a coligação rachar, a força diminui para TODOS, abrindo o flanco para entradas da oposição ou das oposições… Vamos ver.
UM ASFALTO PARA DUAS FUNÇÕES?
As ruas estão, sim, muitas delas, com muitos buracos, inclusive na parte da Avenida Castelo Branco entre a rótula da Ulbra e a sinaleira da Estrada do Mar, local onde os veículos passam mais rápido e consequentemente sofrem mais e correm mais riscos de acidentes por conta de buracos, lá alguns muito grandes.
Mas a realidade é sempre a mesma: a prefeitura acaba optando por entregar uma rua nova asfaltada ao invés de tapar buracos. O dinheiro é curto e geralmente não dá para as duas coisas. E os buracos acabam sempre aparecendo e sendo tapados após gerarem muita dor de cabeça para motoristas, além de depreciar o conceito turístico da cidade. Alguém decide isto e deve ter algum motivo. E o assunto virou debate. Ou porque tem fogo amigo ou porque o período eleitoral exige posição mais independente dos vereadores. Veremos. Olho NOS lances!
PRAIAS DO SUL INTRASITÁVEIS
Outro assunto que passou por pelo menos quatro vereadores que utilizaram a tribuna na sessão de segunda (11/9) foi a recorrente reclamação sobre recorrentes reclamações das intransitáveis ruas das praias do sul de Torres. É claro que também em épocas de chuva, o problema aumenta. Mas é legítima a indignação das populações locais, tanto de moradores quanto de veranistas. Quem introduziu o assunto na sessão foi o vereador Igor Beretta (MDB), que conforme informou tem estado nas praias sistematicamente e que constatou desta vez que existem locais intransitáveis por alguns balneários.
O vereador Silvano Borja (PDT) chegou a compartilhar uma espécie de ameaça, feita por um grupo organizado das praias, que passaria a não pagar direto o IPTU para a prefeitura caso providências não sejam tomadas, no sentido de arrumar vias desgastadas pelo tempo e pela demora de ação nos buracos, que aumentam por conta disto.
MÁQUINAS CENTRALIZADAS OU SECRETARIAS FUNDIDAS
O vereador Rafael Silveira (PSDB), mesmo sendo da base aliada do governo, sugeriu que as máquinas da prefeitura fossem centralizadas em uma só gestão, unindo os maquinários da secretaria de Obras e o maquinário da Secretaria de Agricultura para uma espécie de governança para a melhor utilização do equipamento, que é de toda a municipalidade, mas atualmente tem gestões separadas.
A seguir o presidente da Câmara Rogerinho (PP), também da base do governo, sugeriu inclusive que as duas pastas: Agricultura e Obras fossem fundidas em uma só. E que a outra (sem secretaria) se tornaria no organograma como uma diretoria da “Secretaria de Obras e Agricultura” – caso sejam fundidas.
Em épocas de chuva, ruas das praias e da Vila São João (como reclama – com razão – o vereador Igor) por serem de saibro acabam ficando empossadas ou cheias de lama, o que praticamente deixa-as intrafegáveis (de carro e a pé). Consequentemente nestas épocas de chuva há mais demandas nestas áreas urbanas, que se aproximam das demandas da agricultura, que precisam também de máquinas em todas as vias e entradas de propriedades, porque também são todas de saibro (como as vias não calçadas da urbanidade).
CUIDADOS COM DIFERENÇAS E LEIS
Centralizar o uso das máquinas, acho uma boa atitude. Integrar as duas secretarias, no entanto, tem que ser levado em conta, uma vez que são assuntos completamente diferentes. Um trata de produção agrícola e logística nas estradas para o escoamento e a moradia dos agricultores/pecuaristas. Outra trata de estrutura urbana de moradores urbanos e de veranistas/Turistas. Mas é possível, já que a maior participação pública no sistema agrícola é a de apoio ao ambiente de trabalho dos produtores com a chamada “patrulha agrícola” (máquinas que trabalham em estradas e valos), patrulha esta que inclusive recebe verbas específicas do governo federal para isto (o que também tem de ser examinado juridicamente antes de agir para unir ou desunir as pastas).
