Tropeirismo no Território do Geoparque Cânions do Sul

Em uma conversa solicitei que a historiadora Renata Corvino contasse um pouco da história do tropeirismo na região. Atendendo minha solicitação ela enviou um resumo de seu último trabalho relacionado ao assunto, "Entre Vales e Serras: Os Caminhos de Tropeiros no Território Geoparque Cânions do Sul: O caso de Timbé do Sul". Boa leitura!

Tropeiros do passado na região, com sua mula cargueira
10 de agosto de 2023

Em uma dessas circunstâncias da vida conheci a Renata, autora deste texto, através do meu amigo Francisco Reis Filho, o Chiquinho. Ela faria parte de um trabalho que desenvolvemos há mais de 15 anos na cidade, o Grupo Pé na História. Esse grupo desenvolveu vários roteiros para contar a história e cultura da cidade através de passeio pela cidade em companhia de figuras ilustres. A Renata já vinha fazendo isso, só que na sua cidade, Praia Grande.

Ela contava, e ainda conta, a história do tropeirismo na região, no estado e no país. Em uma conversa com Renata, pelo whatsapp, solicitei que ela contasse um pouco da história do tropeirismo. Atendendo minha solicitação ela enviou um resumo de seu último trabalho relacionado ao assunto, Entre Vales e Serras: Os Caminhos de Tropeiros no Território Geoparque Cânions do Sul: O caso de Timbé do Sul. Boa leitura!

“O tropeirismo foi uma atividade de grande importância para o desenvolvimento das cidades. Com o deslocamento de tropas, homens e mulheres cruzavam o interior do Brasil entre os séculos XVI até o XX, estabelecendo novas rotas, transportando mercadorias, facilitando a comunicação entre vários pontos do caminho e organizando o comércio. Ao formarem pousos, junto ou próximo a eles geralmente, davam início a criação de vilas e povoados. Timbé do Sul/SC está incluído entre os municípios que tiveram a influência do tropeirismo em sua formação, sendo que estava localizada, logo no trecho inicial do Caminho dos Conventos que ligava Araranguá a Curitiba. O dito caminho, foi aberto entre 1728 a 1830, por Francisco de Souza Faria, com autorização do Rei de Portugal.

Casa de Secos e Molhados, ponto de passagem dos tropeiros (foto de Camilo Inácio, 1920)

 

Devemos entender que os caminhos, são de suma importância e influência de uma cidade. É por meio deles que se desenvolvem os fluxos migratórios, as trocas de mercadoria, pessoas, ideias e cultura.

Atualmente o município de Timbé do  Sul, que integra um dos sete municípios do  Geoparque Caminho dos Cânios do  Sul. Desta forma, tendo em vista que o cenário que integra um geoparque engloba paisagens como os cânions (geológica), ecológicas, históricas (Caminho de Tropeiros) e cultural e devido  a localização geográfica com as escarpas da serra é possível turisticamente que além das belas paisagens, o município possa oferecer aos visitantes e comunidade local a oportunidade de conhecer uma cultura e vivência deixada pela herança tropeira.”

 

Fotos: https://canionsdosul.org/noticias/exposicao-e-roda-de-conversa-abordam-o-tropeirismo-na-regiao/; A subida e descida da Serra Geral: uma prática que envolvia roceiros, tropeiros e estancieiros serranos Frank Cardoso Lummertz.

Entre Vales e Serras: Os Caminhos de Tropeiros no Território Geoparque Cânions do Sul: O caso de Timbé do Sul. Texto escrito por Renata Carreira Corvino, Historiadora e Membro do Centro de Estudos Históricos de Torres e Região




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