Corsan é a responsável por arrumar buracos feitos para coletar esgoto para imóveis torrenses

Término da rede de coleta e bombeamento nos bairros Igra e Getúlio Vargas deve levar Torres ao índice de 65% de coleta com 100 % de tratamento

Trecho final da rua Firmino Paim: cheio de buracos
6 de julho de 2018

O trecho final da Rua Firmino Paim, em Torres – próximo à entrada da garagem da Câmara dos Vereadores – está cheio de BURACOS que foram abertos de cordão á cordão de calçada. Consequência de OBRAS empreendidas pela Corsan (Companhia Rio-grandense de Saneamento), que foram feitas para que possam ser ligados os canos de SAÍDA de resíduos cloacais das casas e prédios locais. O objetivo é que, a partir disto, os proprietários e vizinhos não tenham mais de se preocupar com manutenção de fossas nem com o cheiro ruim causado pelo transbordamento das mesmas em épocas de chuvas.

Na Câmara Municipal, o assunto já entrou em debates e foi dito que a atitude é totalmente de autoria da estatal gaúcha. Portanto, a prefeitura de Torres não teria nada a fazer nem nada a se responsabilizar.

 

Rede em implantação

 

A FOLHA foi averiguar junto a gerencia da empresa em Torres. E a resposta foi a confirmação. Conforme a gerente da Corsal local, Juliana Mesquita Inácio, “as obras fazem parte do trabalho que vêm sendo realizado para que haja coleta de esgoto nos bairros Getúlio Vargas (onde fica o trecho da Firmino Paim) e do Bairro Igra, na parte norte e na parte sul”.  E a mesma gerente projeta que “o termino das ligações no trecho e o asfaltamento da via irão ficar prontos daqui a 30 dias”, no início do mês de agosto, portanto.

Juliana lembra que a cidade, após o termino de todo o processo de estruturação das redes de coleta de esgoto cloacal nestes bairros, vai chegar ao aumento de 10% no índice local de saneamento. A cidade irá subir de 55% para o índice de 65% na captação de esgoto. E Destes 65% de captação, a ETE (Estação de Tratamento de Esgoto), localizada no bairro Salinas, consegue tratar 100% dos resíduos captados, colocando água quase pura de volta no Rio Mampituba.

 

Moradores de várias outras ruas reclamam

 

Mas moradores de vários outros pontos reclamam da falta de solução para pontos que dizem respeito à implantação das redes de coleta justamente nestes bairros. É o caso de moradores e operadores de comércios do trecho da Avenida do Riacho –  entre a Avenida Castelo Branco e o rio Mampituba. Lá, conforme reclamações recebidas pelo jornal A FOLHA, existem casos de consumidores da estatal que estão sendo notificados pela prefeitura para que construam fossas sépticas, quando a rede já está (ou deveria estar) pronta. E tem gente que não tem sequer área livre para construir novas fossas, já que as construções ocupam todo o terreno e são de uso comercial.

Na entrada do Bairro Igra Norte também (Próximo á fábrica da Sorveteria Gela-Goela) há reclamações faz anos. É que as obras da estatal já foram interrompidas por vários motivos, dentre eles a desistência ou falência de empresas que estavam prestando serviço para a Corsan na implantação da rede, e em outro caso por não haver, ainda, o termino da obra da Bomba de recalque no bairro, que recebe o esgoto captado e manda – por motor – os resíduos para a ETE (Estação de Tratamento), no Bairro Salinas. Isso além de problemas de desapropriações judiciais, que aparecerem em meio às obras.

 

Responsabilidade é da Estatal que recebeu tarefa terceirizada pela prefeitura

 

Na prática, a prefeitura de Torres (como várias outras pelo Brasil afora) possui contrato de prestação de serviços com a Corsan. Em troca da exploração das tarifas de água e taxas de tratamento de esgoto, que é a RECEITA financeira da estatal, o município cobra fornecimento de água e implantação e manutenção das redes de água e de captação de esgoto, mas dentro de cronogramas flexíveis. Portanto, na prática, atualmente a responsabilidade é da Corsan. A Prefeitura pode ser criticada somente pela escolha da prestadora de serviço –  onde é difícil de ser plenamente coerente, porque os funis desta relação contratual entre empresa de saneamento e prefeituras se trata de um problema nacional e depende de financiamento (com recursos federais ou subsidiados pelo governo central) para avançar. Fato que também deve ser mencionado é o altíssimo custo das obras de saneamento, que torna sempre mais complexo a captação (realista) das verbas para as necessárias obras.

 


Publicado em: Geral






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