Desastres em barragens de mineralização preocupam Brasil

Uma publicação alerta para o fato de que, no Brasil, estas barragens são criadas com muros de areia e limo, insuficientes para garantir a segurança das cidades mais próximas.

21 de março de 2019

Os acontecimentos recentes do começo do ano chamaram a atenção para os perigos inerentes às barragens de mineralização.
As imagens de destruição deixadas pela onda de dejetos com mais de 12 milhões de metros cúbicos, ao invadir os espaços circundantes, assustaram o Brasil. Não foi a primeira vez que o país assistiu a uma tragédia desta dimensão mas, sem dúvida, este acontecimento serviu para alertar os mais desatentos, chamando a atenção para os perigos inerentes a este tipo de estrutura.
Historicamente, foram várias as vezes que este tipo de estrutura, edificada pelo homem para dar resposta às suas necessidades, foi justamente o elemento que colocou em causa a vida humana.
Se quer saber mais sobre os desastres nas barragens de mineralização e conhecer algumas das previsões para o futuro destas estruturas, este é o artigo certo para si.

Barragens de mineralização: os desastres que entraram para a história

As barragens de mineralização têm sido responsáveis por diversos desastres a nível internacional. No Brasil são já duas as situações que deixam o povo preocupado com a iminência do caos: falamos, pois, das tragédias do Brumadinho e de Mariana, respectivamente em 2019 e 2015.

Nestes dias negros para a história brasileira, assistiu-se à perda de muitas vidas. Em 2015, a Barragem de Samarco, localizada em Mariana, libertaria mais de 45 milhões de metros cúbicos de dejetos. Este ano, a Barragem do Vale, em Brumadinho, repetiu a tragédia. Além das vítimas mortais encontradas, existem ainda vários desaparecidos no decurso deste acontecimento.
Mas o Brasil não é o único palco de tragédias com barragens. Entre 1966 e 1972, esta foi uma história que se repetiu por cinco vezes, envolvendo um grande número de vítimas mortais na Bulgária (1966, com 488 falecimentos); no País de Gales (1966, com 144 vítimas); no Chile (1968, com um número de mortes estimado de 350 pessoas); na Zâmbia (1970, com a morte de 89 mineiros) e nos Estados Unidos (1972, tendo perecido 125 pessoas). Mais tarde, no ano de 1985, faleceriam também 268 pessoas no decurso de um rompimento de uma barragem mineira em Itália.
Os casos, no entanto, não são todos antigos. Já no século XXI, o transbordo de uma barragem numa mina de ferro na China matou 254 pessoas e, em 2015, o rasgar de uma barragem numa mina de Jade mataria 113 pessoas em Mianmar.

Risco iminente de novos desastres

Vários órgãos de comunicação procuraram alertar para os riscos das barragens de mineralização mas coube ao The New York Times, o afamado jornal norte-americano, a criação de uma reportagem que alerta para a potencialidade de novos acontecimentos deste tipo.
No seu artigo, o jornal alerta para o facto de que, no Brasil, estas barragens são criadas com muros de areia e limo, insuficientes para garantir a segurança das cidades mais próximas.
A importância de práticas de verificação e da aplicação de medidas de controle para promover a segurança fez parte da informação passada por este jornal americano, que alarmou a população brasileira.


Publicado em: Infraestrutura






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