Na próxima segunda-feira (22), o documentário chileno “O Botão de Pérola” (2015), do cineasta Patricio Guzmán, será exibido no Cineclube Torres. Como de costume, a exibição será na Sala Audiovisual Gilda e Leonardo (na escola Up Idiomas – Rua Cincinato Borges 420, Torres), na Segunda-feira (dia 22/04), às 20h. A entrada é Franca, até lotação do local (aprox. 22 pessoas).
O filme foi vencedor do Urso de Prata de melhor roteiro e de melhor filme pelo Júri Ecumênico no Festival de Berlim, se destacando também nos festivais de San Sebastian e Toronto, sempre em 2015
Esta sessão, assim como a organização das demais sessões integradas ao 10º Ciclo de Filmes de Expressão Ibero-Americana (que acontecem todas as segundas feiras até final de abril), é do Cineclube Torres -Associação sem fins lucrativos, Ponto de Cultura pela Lei Cultura Viva e Ponto de Memória pelo IBRAM, em atividade desde 2011, contando com a parceria e o patrocínio da Up Idiomas Torres.
Sobre o Filme
Em 2010, o cineasta Patricio Guzmán realizou o documentário “Nostalgia da Luz”, já exibido anos atrás pelo Cineclube Torres. No filme estavam imaginadas as relações entre o solo do deserto do Atacama, as estrelas no céu do Chile e as consequências da ditadura de Pinochet, combinando arqueologia, a astronomia e a política, com uma fotografia deslumbrante.
Com o “Botão de Pérola”, em 2015, se apresenta como sequência natural, com uma estrutura muito semelhante à obra anterior. Depois de olhar para a terra e para o céu, agora Guzmán investiga as águas do Chile, desta vez a intenção é fazer uma nova triangulação, entre a singular geografia do país (espremido entre os Andes e o pacífico, com milhares de ilhas), o sangrento passado colonial (com o martírio da população originaria) e as sombras da ditadura de Pinochet.
“O oceano contém a história de toda a humanidade. No mar estão as vozes da Terra e de todo o espaço. A água, fronteira mais longa do Chile, também esconde o segredo de dois misteriosos botões encontrados no fundo do mar. Com mais de 4 mil km de costa e o maior arquipélago do mundo, o Chile apresenta uma paisagem sobrenatural, com vulcões, montanhas e glaciares. Nessa paisagem estão as vozes da população indígena da Patagônia, dos primeiros navegadores ingleses que chegaram ao país, e também a voz dos presos políticos chilenos. Alguns dizem que a água tem memória. Este filme mostra que ela também tem voz.”
