EMPRÉSTIMO JUNTO AO BADESUL PODE DISPONIBILIZAR MUITAS MELHORIAS PARA TORRES

Obras disponibilizam rampas de acesso à beira de praia, melhorias no Morro do Farol, no Parque do Balonismo, em praças, dentre outras. Falta só passar pela Câmara

Prefeito chamou representantes de jornais e rádios para o nivelamento de vários assuntos
24 de abril de 2018

 

Na segunda-feira, dia 16 de abril, aconteceu uma coletiva de imprensa solicitada pelo prefeito de Torres, Carlos Souza. No encontro com representantes de jornais e rádios locais, o prefeito atualizou as informações do 30º Festival de Balonismo (e as melhorias implantadas por esta administração no Parque), além de ter explanado sobre obras e ações da gestão, principalmente as que estão sendo feitas e planejadas com recursos oriundos de empréstimos feitos junto ao BADESUL (Banco de Desenvolvimento do Extremo Sul), ligado ao governo do RS – que deve disponibilizar em torno de R$ 6 milhões em financiamento, para os cofres públicos de Torres usarem em obras pela cidade.

 

Novo pórtico deve ligar parque ao rio

 

Dentre as boas notícias dadas pelo prefeito na Coletiva de imprensa, está a duplicação dos atuais 4.500 m² de vias pavimentadas no Parque Odílio Webber Rodrigues – popularmente chamado de Parque do Balonismo (sendo que 4.500 m² já estão prontas para este festival). Ou seja, parte dos recursos captados junto ao Badesul deve ser usada (está na lista de obras do banco) para concretizar cerca de 9 mil m² de vias pavimentadas no local onde é realizado o principal evento turístico de Torres – com lajotas à base de cimento que (substituem as atuais, de saibro).

Outra obra que deve acontecer dentro do Parque do Balonismo é a construção de um novo pórtico e de uma passarela – que ligará o lugar ao Rio Mampituba. O projeto prevê a disponibilização de uma espécie de deck que estará integrado à área do parque para usufruto do público em qualquer evento realizado no espaço.

Ainda sobre os investimentos no festival de Balonismo, o prefeito informou na coletiva de segunda-feira (16), que pretende “tornar o Festival, aos poucos, autossustentável”, sem custos diretos para a administração pública, pago por parcerias e patrocínios em geral. Carlos Souza prevê que, já em 2019, a edição do festival possa estar autônoma financeiramente. O prefeito projeta o Balonismo de Torres como um evento local similar ao Natal Luz de Gramado, e visualiza que nosso festival de atrações – onde o Balão é protagonista – seja um evento que pode durar até dez dias, nos projetos de parcerias planejados pelo governo atual de Torres.

 

Praças reformadas e com mais equipamentos para crianças

 

O prefeito anunciou a expectativa de término de algumas obras, com dinheiro já previsto em outros orçamentos ou com recursos do empréstimo junto ao Badesul. Dentre elas, o término da Praça da Lagoa, a aquisição de playgrounds (brinquedos para as crianças) para maiorias das praças de Torres, a revitalização do entorno da Lagoa do Violão e a elaboração de um grande estudo técnico para a definição do sentido das ruas de Torres (mão única e mão dupla), visando construir um novo Plano Viário norteado por este trabalho técnico.

 

Empréstimo possibilita passarelas e projetos para a zona de beira de praia

 

Umas das obras mais esperadas pela administração com verbas do Badesul é construção de quatro das seis passarelas que vão se somar a única atual (nos Molhes) que darão acesso (por pontilhões de madeira sobre as dunas) à praia nos Molhes e Praia Grande. Conforme informou o Carlos na coletiva, as quatro passarelas devem estar prontas já para a próxima temporada do verão 2018/2019.

A revitalização do Morro do Farol será outra melhoria feita com os recursos do banco de desenvolvimento, segundo o prefeito.  São novos bancos, reforma do calçamento que devem se juntar à drenagem do mesmo morro – drenagem esta já exigida pelo Ministério Público (MP) do RS, por conta de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado pela municipalidade (para amenizar os riscos de desabamento de pedras do morro).

Os recursos também serão utilizados para a construção do que está sendo chamado de “áreas de convivência”, uma espécie de ocupação de rua – medindo o equivalente a duas vagas de estacionamento –  que se integram à calçada na Avenida Barão do Rio Branco: um lugar com bancos e equipamentos para serem usados pelos pedestres. A primeira Área de Convivência a ser construída será na primeira quadra da Avenida (próximo à Praça XV), mas pela previsão da administração municipal, outras várias farão partes do percurso da avenida central de Torres.

A pavimentação da estrada de acesso à Praia Estrela do Mar também está nos planos para as obras deste ano da prefeitura. Ainda foi anunciada melhoria na pavimentação da entrada da  Praia Paraíso – onde será retirada a pedra irregular e, após, serão feitos novos cordões de calçadas que receberão as mesmas pedras, mas colocadas de forma parelha, reformando a entrada atual que está com buracos (por conta da passagem de caminhões no decorrer dos vários anos de uso).

 

Segurança Pública também foi nivelada na coletiva

 

Preocupado com a segurança pública em Torres, Carlos Souza também compartilhou projetos para haver articulação municipal no sentido de melhorar o sistema de Segurança da cidade com recursos locais que – seriam somados ao esforço da BM e da Polícia Civil atuais.

Entre as iniciativas será debatida a implantação do estacionamento rotativo em perímetro restrito, que além de ser operacional ao conforto dos usuários do centro de Torres seria uma fonte de recursos para ser usada na Segurança Pública, que teria um fundo específico fiscalizado por conselho próprio.  Para a prefeitura, uma das vantagens propostas no projeto é de a Guarda Municipal realizar o trabalho de fiscalização de trânsito, desafogando a Brigada Militar, consequentemente permitindo dedicação exclusiva dos PMs à segurança pública. O assunto já foi tratado com o Governo do Estado e também na Amlinorte.

O aproveitamento das Câmeras de Vigilância instaladas em Torres já está em fase de implantação (sendo que, conforme o prefeito, já há algumas em utilização) –  e servirão para dar subsídio às investigações de delitos na cidade. A Guarda Municipal já possui um plantão para monitorar movimentos nos locais onde há captação de imagens, o que pode ajudar à polícia.  Mas existe um projeto (que pode estar integrado ao Estacionamento Rotativo) onde uma licitação definiria uma empresa para implantar, também, melhorias da iluminação da cidade e câmaras de monitoramento nos postes de iluminação (estrategicamente escolhidos para servir à segurança local).   Seria um processo de terceirização da iluminação, que trocaria os recursos oriundos da taxa cobrada atualmente dos contribuintes pela contrapartida da terceirizada em investimentos, serviços de iluminação com lâmpadas de LED: por exemplo, manutenção de todos os postes, pagamento da conta de luz e instalação de outros equipamentos (como o exemplo das Câmeras e outros com mais tecnologia, que por sua vez serviriam para que a empresa viabilizasse o projeto através de venda de serviços a terceiros oriundos destes equipamentos instalados nos postes de Torres).

O prefeito Carlos afirma que o cálculo ainda está sendo feito. Mas que o sistema é moderno e pode melhorar a qualidade da prestação de serviços urbanos de segurança na cidade, através de melhor iluminação e com informação através de imagens e outras tecnologias.

 

Projeto deve passar pela Câmara

 

Os recursos oriundos do BADESUL devem ficar entre R$ 5,2 milhões e R$ 6 milhões. Pelo orçamento das obras colocadas pela municipalidade na lista, o valor fica em R$ 5,2 milhões. Mas o Projeto de Lei que deve entrar na Câmara, para ser aprovado, vai pedir autorização para gastos de até R$ 6 milhões. È que conforme o prefeito, costuma haver necessidade de novos orçamentos em obras públicas que podem (ou não) ser solicitados.

O empréstimo junto ao Badesul está contratado para ser quitado em 60 prestações, com carência de seis meses. E para tranquilizar a população, Carlos Souza informou (comemorando) que o saldo negativo da prefeitura de Torres, herdado do governo anterior (Nílvia Pereira) diminuiu em 54% no primeiro ano de gestão. De acordo com o prefeito, caiu para em torno de R$ 4 milhões (dos mais de R$ 9 milhões de déficit que recebeu no início do governo, em 2017). Ou seja: o dinheiro do Badesul será facilmente pago pelo caixa normal da municipalidade, conforme projeção das finanças municipais.

 

 

*Com Prefeitura de Torres

*Editado por Guile Rocha


Publicado em: Política






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