Na segunda dia 25/03, às 20h, continua a programação do Ciclo de Filmes de Expressão Ibero-americana com um filme argentino de 2011, “Infância Clandestina”, do diretor Benjamín Avila, ambientado no final da década de 70, em pleno regime ditatorial argentino.
O filme integra o tradicional ciclo de filmes ibero-americanos exibidos sempre nas segundas-feiras até final de abril, na recém-inaugurada Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, uma pequena sala audiovisual equipada, com lotação limitada a 20/25 pessoas, espaço gentilmente cedido pela escola Up Idiomas (Rua Cincinato Borges 420, Centro de Torres). A sessão é gratuita.
“Infância Clandestina” em 2012 consagrou-se na cerimônia da Academia Argentina de Cinema com 10 prêmios, entre eles os de melhor filme, direção, atriz, ator e roteiro. O longa teve uma boa recepção de crítica e público na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes, foi sucesso de público em seu país.
A organização das sessões é do Cineclube Torres, Associação sem fins lucrativos, Ponto de Cultura pela Lei Cultura Viva, recentemente premiado pelo Edital Federal de Pontos de Cultura Sergio Mamberti, e Ponto de Memória pelo IBRAM, em atividade desde 2011, contando com a parceria e o patrocínio da Up Idiomas Torres.
Sobre o Filme
Em 1979 na Argentina, o menino Juan (Teo Gutiérrez Romero) leva uma vida clandestina junto com o seu pai (César Troncoso), sua mãe (Natalia Oreiro) e seu tio Beto (Ernesto Alterio), escondidos numa cidade interiorana o objetivo de organizar a oposição ao regime militar, após uma temporada passada em Cuba.
Fora do berço familiar ele é conhecido por um outro nome, Ernesto, e precisa manter as aparências pelo bem da família, e tudo corre bem, até ele se apaixonar por Maria, uma colega de escola: apaixonado, ele passa por cima das rígidas regras familiares para poder ficar mais tempo com ela.
O filme é uma ficção baseada na vida do próprio diretor, Benjamín Ávila. Ainda na infância, o diretor viveu um drama em seu país de origem. Filho de guerrilheiros de esquerda (Montoneros, militantes do peronismo de esquerda, que optaram pela luta armada), ele viveu no exílio com a mãe e, ao retornarem ao país, em 1979, na tentativa de derrubar a ditadura militar da Argentina, a mãe acabou sendo presa e morta e seu irmão desaparecido durante anos.