Na primeira sessão da Câmara de Torres após o recesso de verão, realizada na segunda-feira (dia 4 de fevereiro), o vereador Gibraltar Vidal, o Gimi (MDB), requereu a entrada de um abaixo assinado -realizado por moradores – reclamando sobre um acesso de saibro que margeia a BR-101, junto ao antigo Belvedere. Conforme o vereador, os torrenses que moram no entorno pedem providências públicas para que seja mantido o acesso (lado a lado) como era antigamente. É que um Posto de Combustível foi construído em um dos terrenos do entorno do antigo paradouro (Belvedere). E o acesso e saída do estabelecimento foram asfaltados em uma via só, o que deixa confusa ( e perigosa) a passagem dos veículos que ali circulavam para acessar a estrada e acessar suas casas.
Se os acessos forem fechados para os moradores das redondezas, parte deles teriam de ir até o primeiro retorno da BR-101, no Campo Bonito (junto á Pizzaria Califórnia) para poderem retornar para Torres. Ou seja: eles teriam que percorrer mais de 2kms pela BR-101 – em direção à Três Cachoeiras – para poderem retornar e voltar para o norte, em direção a cidade de Torres. Atualmente estes moradores utilizam-se da via paralela (junto ao Belvedere) até a entrada da Estrada do Jacaré, quando ali conseguem acessar a BR por baixo do túnel em direção ao centro de Torres.
DNIT ou Prefeitura?
A analise é complexa. É que as casas ou sítios/chácaras estão numa área rural, mas em uma via urbana que já existe lá desde antes da construção da BR 101, conforme informa o vereador Gimi para A FOLHA. Só que o Belvedere e seu acesso são considerados áreas de jurisdição federal – e além disso, qualquer acesso à BR-101 tem de ter autorização (e projeto) junto ao DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) para ser construído.
O vereador Gimi diz que a gerência do DNIT sequer sabe da obra do posto, conforme informaram para ele. Mas representantes do Posto dizem que o asfaltamento do acesso ao estabelecimento (que ainda não inaugurou) foi feito conforme as normas do DNIT, criando um impasse.
A prefeitura de Torres – através do Secretário de Meio Ambiente e Planejamento Urbano Júlio Agápio – afirmou para reportagem de A FOLHA, na última quinta-feira (dia 7/2), que o projeto esta aprovado na prefeitura municipal e que a obra foi recebida pelo DNIT.
Sobre as manifestações, o mesmo secretário municipal adianta que a reclamação foi, sim, sobre o sentido da rua lateral (dentro do Belvedere), que era usualmente de mão dupla e passou a ser sentido único. Júlio inclusive diz que esteve pessoalmente no local para avaliar a situação, quando notou que algo poderia ser feito para atender as demandas do povo local. A seguir, foi novamente negociar com o DNIT para verificar da possibilidade de implantação de mão dupla oficial naquele trecho.
A informação que o secretário torrense Júlio Arápio recebeu dos técnicos da autarquia federal em Osório foi para que ele contatasse imediatamente o DNIT central do RS, na Capital Porto Alegre. É que no dia 18 de fevereiro o organograma muda (por conta do novo governo Bolsonaro) e estes assuntos podem passar a ser decididos pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), o que poderia dificultar mais ainda.
Para encerrar, o secretário de Planejamento e Ambiente da prefeitura de Torres promete que irá fazer contato o mais breve possível com a central do DNIT, na capital gaúcha. Júlio encerra afirmando para A FOLHA que fará tudo que estiver ao seu alcance para conciliar os interesses da população às normas e leis da implantação do posto de Gasolina no Belvedere.
Portanto, o caso deve ter outros desdobramentos em breve.
