Ocorreu na quarta-feira (17) em Torres uma Audiência Pública da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa do RS. Realizada no plenário da Câmara dos Vereadores, o objetivo do encontro foi a tratar sobre as possibilidades de implementação de um Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do RS (IFRS) no município. O evento foi uma promoção da Assembleia Legislativa, através da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia, presidida pela deputada Sofia Cavedon (PT).
Entre as manifestações durante a audiência Pública, o secretário de Educação de Torres, Alceu de Mattos Schefer, reforçou que a cidade carece de oportunidades em ensino técnico, sendo que a possibilidade de sediar um instituto federal beneficiaria ainda muitos municípios do entorno. “Os dois institutos federais próximos, em Osório (RS) e Santa Rosa do Sul/ Sombrio (SC), alcançam pouco a nossa população, que esta desassistida neste setor. Colocamos a sede da Secretaria da Educação (a disposição) para sediar o instituto federal.” disse.
A seguir, falou a presidente da Comissão Pró Instituto Federal, a professora e ex-vereadora Maria de Lourdes Fippian. “Estamos na fila para receber um instituto federal. Vamos continuar mobilizados, pois um instituto federal pode mudar a cidade de Torres.”, destacou.
Mobilização deve continuar
Também presente na ocasião, o reitor do IFSUL, Flavio Nunes disse que a luta deve continuar. “No Brasil, apenas 9% dos estudantes do Ensino Médio fazem algum curso técnico e o país precisa urgente aumentar a oferta da educação profissional. Os institutos técnicos verticalizam a caminhada do aluno e é importante termos mais escolas. Há vontade política do governo de alocar mais recursos e ampliar a quantidade de institutos federais. Haverão outras etapas de expansão daqui para frente e temos que continuar mobilizados para Torres receber este equipamento.”
Já o reitor do IFRS, Julio Rech, salientou que o IFRS tem mais de 25 mil alunos em 15 campus, sendo um em Osório. “Existem dois convencimentos que não precisam mais ser feitos: o quanto é importante e transformador a instalação de unidade e que Torres merece um campus. Infelizmente não cabe a nós esta decisão, pois é exclusivamente do Ministério da Educação e é ele que deve ser convencido. Para isto é necessário unidade de todos os poderes, anunciar de todas as formas que Torres quer um instituto federal, cobrar os deputados federais, senadores e integrantes do Ministério da Educação de forma presencial em Brasília e por fim oficiar o Ministério com a doação de um espaço físico, isto é fundamental. É necessário lei orgânica com a doação de área de 50 mil metros quadrados para o patrimônio da União. Tenho certeza que dos 100 anunciados em março, alguns não acontecerão devido a rigidez das regras e isto abre espaço para outras cidades”, disse o reitor.
Houve ainda a participação na tribuna de representantes de diversas entidades e integrantes da comunidade, em geral ressaltando a importância da vinda de uma unidade do IFRS para a educação não só de Torres, mas também das cidades próximas.
Concluindo, a deputada Sofia Cavedon sugestionou levar, para Brasília, um balão com as faixas solicitando um instituto federal. Ela deu os encaminhamentos finais com sugestões de ações futuras, entre elas agendamento de reunião em Brasília com os ministros da Educação e da Casa Civil; continuidade da mobilização, publicidade das ações, mobilização política, oficiar a intenção de doação de espaço físico em Torres e realizar novos encontros e seminários.