O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio da promotoria de Torres, ajuizou na tarde de 04 de abril uma ação contra os municípios de Torres (RS) e Passo de Torres (SC). As prefeituras não teriam entrado em consenso a respeito dos reparos necessários na ponte Anita Garibaldi. Inaugurada em 2007, a estrutura de concreto cruza o Rio Mampituba, fazendo a ligação interestadual entre o município gaúcho e a cidade catarinense – servindo como travessia de veículos, pedestres e ciclistas.
Segundo informou matéria de GZH, o MPRS agora aguarda por uma liminar judicial, que determine qual município deverá executar cada reparo na ponte sobre o Rio Mampituba. “O órgão realizou reuniões com representantes das duas cidades para tratativas a respeito de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que não foi firmado por falta de consenso”.
Prefeitura de Passo de Torres já emitiu nota negando riscos de queda
No começo de fevereiro deste ano, um Engenheiro civil teria encaminhado ao Ministério Público de Santa Catarina, e autoridades gaúchas, notícia indicando “precárias condições de segurança do conjunto estrutural” da Ponte Anita Garibaldi. O mesmo engenheiro teria sugerido, como medida urgente, a suspensão imediata do uso da ponte por veículos acima de 3.5 toneladas “até que um laudo positivo seja dado por profissional qualificado, ou no caso de verificação de insegurança, e até que os reforços estruturais sejam totalmente executados e realizados testes de cargas.”
Em meio aos debates, a Prefeitura do Passo de Torres emitiu uma nota oficial sobre a Ponte de concreto que liga Torres ao Passo de Torres. Segundo a nota, um laudo técnico foi realizado em 2023 pelo Engenheiro Civil Estevam Ricardo (CREA-SC 031143-0) e Engenheiro Mecânico Adilson José Marcos (CREA-SC 019095-4). “Após análise técnica, é importante ressaltar que, embora apresente danos aparentes, a estrutura da ponte NÃO REPRESENTA RISCO DE QUEDA IMINENTE, conforme constatado pelos especialistas”. Ainda conforme a nota da Prefeitura do Passo de Torres, os engenheiros (responsáveis pelo laudo) classificou as condições gerais da ponte como satisfatórias, indicando a presença de impactos mínimos e recuperáveis. Esses ‘impactos mínimos’ seriam referentes a pequenas perdas de desempenho e funcionalidade, principalmente relacionadas à estética.
Mesmo assim, como parte das medidas preventivas para conservação da ponte, a prefeitura de Passo de Torres concluiu em fevereiro deste ano um projeto de fiscalização, que pretende impedir a passagem de veículos que pesem mais de 10 toneladas sobre a ponte Anita Garibaldi. (Com informações de GZH e Prefeitura de Passo de Torres)
