Poderosa e rara Tempestade Akará deve causar ventos fortes e ondas de até 5 metros em alto-mar

É a terceira vez que a Marinha do Brasil registra uma tempestade tropical. Fenômeno - que está na altura de SC nesta terça (20) - é estágio anterior ao do furacão

Imagem mostra a tempestade tropical Akará na costa brasileira. — Foto: NOAA
20 de fevereiro de 2024

A Marinha Brasileira identificou uma tempestade tropical na costa do país no último domingo (18/2). Desde então, foi emitido um alerta para os navegantes em alto mar. O fenômeno foi batizado de Akará (que é um tipo de peixe, em Tupi).

Esse tipo de tempestade é o último estágio antes do furacão, mas não há previsão de que chegue a esse nível. De acordo com o site da Marinha, os ventos devem chegar a 85 km/h e as ondas a cinco metros, em alto mar.

Conforme o site Climatempo, a tempestade segue na direção sul e está na altura de Santa Catarina nesta terça-feira (20/2). Não há previsão de mau tempo na região litorânea por causa da grande distância do fenômeno da praia. Para se tornar furacão é preciso chegar a 118 km/h.

 

Sobre a transformação

A tempestade tropical Akará nasceu a partir da intensificação de uma depressão tropical que já estava em alto-mar, na altura da costa de São Paulo/ Rio de Janeiro, cerca de 200km do continente. Esta baixa pressão atmosférica é um fenômeno especial. Quem nomeia estas áreas de baixas pressões atmosféricas especiais é a Marinha do Brasil, mas um nome só é dado após atingir um valor mínimo de 63 km/h e menores do que 118 km/h.7Esse sistema não está associado a uma frente fria e se origina no oceano, na região dos trópicos ou abaixo dos trópicos. Quanto mais quente as águas do oceano, mais energia ele terá para se desenvolver.

É a terceira vez que um fenômeno desse tipo é identificado pela Marinha. Tempestades tropicais são raras no litoral brasileiro. Em 2019, houve a Iba e, em 2004, houve o Catarina, mas na época a Marinha ainda não nomeava os ciclones.

 

 

Evolução da tempestade tropical Akará (FONTE – Site Clima ao Vivo)

 

Na noite do dia 15/02/24, a depressão subtropical, com ventos menores do que 63 km/h e pressão atmosférica mínima de 1010 hPa (Marinha do Brasil identificou um ciclone em alto-mar, na costa do Rio de Janeiro, na altura de Arraial Cabo, a pouco mais de 200 km/h afastado do continente).

 

16/02/24 – sistema se manteve como depressão subtropical, ainda na costa do Rio de Janeiro, e à noite a pressão atmosférica mínima foi de 1008 hPa;

 

17/02/24 – sistemas se manteve como depressão subtropical, na altura da costa do Rio de Janeiro, deslocando-se para sul em direção à costa de São Paulo; a pressão atmosférica mínima foi de 1006 hPa na análise da Marinha de 12 UTC (09 horas, em Brasília);

 

18/02/24 – na manhã do domingo (18), o sistema ganha força sendo reclassificado como depressão tropical na altura da costa de São Paulo, com a pressão atmosférica mínima no centro em 1002 hPa; como depressão tropical, este ciclone produzia ventos ainda menores do que 63 km/h;

 

18/02/24 – na noite de domingo (18), na análise meteorológica da Maranha do Brasil de 21 horas (00 UTC de 19/02/24), o ciclone se intensifica um pouco mais sendo reclassificado como tempestade tropical e recebe o nome de Akará, que em tupi antigo quer dizer “espécie de peixe”; a pressão atmosférica mínima era de 1000 hPa e o sistema estava em alto-mar, na altura do litoral sul de São Paulo e do Paraná, com ventos estimados entre 63 km/h e até valores menores do que 118 km/h.

 

19/02/24 – tempestade tropical Akará é observada em alto-mar, na costa de Santa Catarina, com pressão atmosférica mínima de 998 hPa, com ventos entre 63 km/h e até valores menores do que 118 km/h.

 

*Com informações de G1, Metrópoles e Clima ao Vivo


Publicado em: Meio Ambiente






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