Na manhã desta terça-feira (29), Policiais civis do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina realizam – em conjunto com agentes do Ministério Público do RS (MPRS) – uma operação policial em 18 municípios, principalmente no Litoral Norte gaúcho e Litoral Sul de SC. Cerca de 300 policiais civis e integrantes do MP cumprem 65 mandados de prisão contra suspeitos de tráfico de drogas e armas que também estão envolvidos com homicídios. No total, 53 pessoas teriam sido presas.
A chamada “Operação Turrim” — torre em latim — tem como alvo dois empresários irmãos, um do ramo de compra, venda e aluguel de imóveis e outro do ramo gastronômico, que atuariam junto com um apenado que seria responsável por repassar as ordens da dupla para dezenas de suspeitos envolvidos no esquema criminoso. Segundo informações de GZH, os dois supostos líderes são moradores da cidade de Torres, mas estariam atuando no tráfico em toda a região.
No RS, a operação ocorre em Torres, Mampituba, Três Cachoeiras, Morrinhos do Sul, Capão da Canoa, no Litoral Norte; além de Porto Alegre, Cachoeirinha, Viamão, Alvorada, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha, na Região Metropolitana; e Lajeado,. Já em Santa Catarina, as ordens judiciais ocorrem em Passo de Torres, Praia Grande, São João do Sul e Araranguá. Automóveis de luxo, mais de 40 armas de fogo, drogas e celulares foram apreendidos. Houve, também, o bloqueio de contas bancárias.
Investigações iniciaram ano passado
A investigação teve início com a delegacia local em abril do ano passado (após um duplo homicídio no Bairro Guarita, em Torres), mas contou, ao longo da apuração, com a participação da 2ª Delegacia do Departamento de Investigações do Narcotráfico (Denarc). “A gente está em investigação desde junho do ano passado. Fizemos uma apreensão na Modulada de Montenegro, onde descobrimos que esse detento é subordinado aos irmãos. Eles queriam o monopólio. Quem não comprasse deles ou concorresse com eles, seria morto”, conta o delegado Liedtke.
Policiais catarinenses também participam do cumprimento das 132 ordens judiciais, além do apoio de grupamento aéreo. houve mandados de prisão preventiva e temporária, bem como buscas, apreensões, sequestro de veículos e bloqueio de contas bancárias.
Entre os mandados de prisão, estão os dos dois irmãos empresários, de um advogado criminalista e de um ex-policial militar. O apenado que estaria repassando as ordens dos líderes também tem mais um mandado de prisão cumprido contra ele dentro do sistema prisional. Os nomes deles não foram divulgados. O trabalho é comandado pelos delegados Rafael Liedtke, do Denarc, e Marcos Vinícius Veloso, de Torres.