Um Setembro Amarelo diferente em meio à pandemia

A pandemia provocou mudanças em toda a sociedade. O aumento das pressões emocionais no isolamento social, o medo da doença e as perdas decorrentes da Covid-19 são alguns dos desafios. Falar de saúde mental é mais urgente que nunca. A conscientização é essencial para reduzir os índices de suicídio no país.

9 de setembro de 2020

A pandemia provocou mudanças em toda a sociedade. O aumento das pressões emocionais no isolamento social, o medo da doença e as perdas decorrentes da Covid-19 são alguns dos desafios. Falar de saúde mental é mais urgente que nunca. A conscientização é essencial para reduzir os índices de suicídio no país.

Na normalidade, os desafios da vida já são fortes. Porém, com as restrições impostas pela pandemia, as pessoas se veem frente a questões ainda mais densas, em praticamente todas as áreas. Escolas e filhos, família e suas dificuldades, emprego, relacionamentos, projetos de vida, entre tantos outros pontos importantes foram impactados, potencializando problemas de ordem emocional.

Em meio a estas crises é comum a sensação de que não existe espaço para uma solução e de que estamos sozinhos, sem perspectiva de apoio algum. Conforme defendem os voluntários da Rede de Proteção à Vida (RPV), isto não é verdade. Sempre haverá apoio e um braço amigo, e, para tanto, é preciso saber onde buscar o alento emocional tão necessário. Um exemplo? 90% das ocorrências de suicídio são preveníveis, e as pessoas podem melhorar a qualidade de vida, se procurarem atendimento profissional.

No Setembro Amarelo, é tempo de disseminar estes apoios com ainda mais intensidade, mostrando às pessoas que para tudo existe uma saída. E como pregam os voluntários da RPV, esta saída passa pela Valorização da Vida.  Os canais de ajuda estão à disposição ao longo de todo o ano, como por exemplo, o Centro de Valorização da Vida (CVV), que em agosto último recebeu quase 300 mil ligações para atendimento emocional gratuito, através do telefone 188, que opera 24 horas.

“Acolher sem criticar, conversar sem julgar, compreender os sentimentos daqueles que passam por momentos de tristeza, ansiedade, medo ou sensação de solidão fazem parte da filosofia do CVV, mas todos podem incorporar essas atitudes no seu dia a dia. Com um amigo, um colega de trabalho, um familiar… com quem esteja precisando ser profundamente escutado”, destaca o CVV. Diversas ações online, como palestras e debates, serão promovidas, assim como materiais informativos estarão disponíveis nas redes sociais da CVV (/setembroamarelo e /cvvoficial) e também no site http://www.setembroamarelo.org.br onde é possível fazer o download de cartilhas, banners, vídeos, spots de rádio, etc.

 

Canais de ajuda disponíveis

 

.A OMS (Organização Mundial da Saúde) classifica o suicídio como problema de saúde pública, o que exige atenção e ação por parte de todos: saúde pública e privada, órgãos de segurança, religiões, meio acadêmico, ONGs e de todos os cidadãos. Empatia e fraternidade são palavras de ordem para uma boa saúde emocional, física e espiritual. Definitivamente, transtornos mentais não são ‘frescura’, não havendo espaço para tabus como: ‘quem fala, não faz’ ou ‘a pessoa apenas quer aparecer’.

Conforme afirma o voluntário da Rede de Proteção à Vida (RPV), Roberto Caldas, por maior que seja a dor, quem sofre jamais estará sozinho. “Falar e desabafar, buscando o devido apoio é o início da mudança, rumo a um estado de saúde melhor e com qualidade de vida. Estamos todos no mesmo barco”.  Caldas comenta ainda que a Rede de Proteção à Vida dispõe de palestras e rodas de conversa online, e não somente no Setembro Amarelo, mas durante todo o ano, para disseminar informações e dicas sobre saúde mental e divulgar canais de apoio. Seguem algumas instituições:

 

-CAPS (Centro de Atenção Psicossocial). Procure na prefeitura de sua cidade, ou na rede de saúde: hospitais, unidades básicas de saúde e de assistência social.

 

CVV – Centro de Valorização da Vida. Para acolhimento e uma conversa com sigilo do assunto e anonimato de quem liga. Ligação gratuita pelo fone 188, ou ainda acessando o chat online.

 

NUPREVIPS (Núcleo de Prevenção às Violências e Promoção da Saúde) – Assistência às crianças, adolescentes, adultos e idosos vítimas de qualquer tipo de violência: sexual, psicológica/moral, financeira/econômica, institucional, negligência, física, trabalho infantil, tortura, tráfico de seres humanos, suicídio e bullying. Fone (48) 3431-2764.

 

 

 


Publicado em: Geral






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