Profissionais da UFRGS estão realizando estudo da fauna de invertebrados da Ilha dos Lobos

Foram realizadas coletas em 15 pontos aleatórios para identificação das espécies que colonizam a ilha. Assim, a pesquisa buscará conhecer a fauna de invertebrados (animais sem vértebras/esqueleto ósseo) que constitui parte importante da cadeia alimentar marinha no local

28 de janeiro de 2024

No dia 15 de janeiro, a UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)  com colaboração da equipe do ICMBio, iniciou uma pesquisa no REVIS Ilha dos Lobos, com o estudo da fauna de invertebrados da ilha. Duas pesquisadoras da UFRGS, Professora Carla Menegola (curso Biologia Marinha-Campus Litoral/Ceclimar) e mestranda Naila Barros, ambas do Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal do Instituto de Biociências da UFRGS, desembarcaram na Ilha para inventariar os macro-invertebrados que residem nas rochas.

“Foram realizadas coletas em 15 pontos aleatórios para identificação das espécies que colonizam a ilha. Assim, a pesquisa buscará conhecer a fauna de invertebrados (animais sem vértebras/esqueleto ósseo) que constitui parte importante da cadeia alimentar marinha no local”, ressalta a equipe do ICMBio Revis Ilha dos Lobos.

 

Peixe raro na região encontrado pela primeira vez na Ilha

Espécime de um Peixe Donzela jovem, encontrado na Ilha dos Lobos

 

E em meio a realização desta pesquisa científica, foi feito um registro especial: encontrou-se pela primeira vez um peixe Donzela (Stegastes fuscus) na Ilha dos Lobos. Este tipo de peixe é comum na costa do Brasil, entre Maranhão e Santa Catarina.  “Especialistas sugerem que seja um registro pontual de verão na Ilha dos Lobos, e que o peixe não permaneça no inverno gaúcho. Outra possibilidade é que seja um indicativo dos efeitos das mudanças climáticas, resultando no aumento da distribuição de peixes de águas mais quentes para águas mais frias. A equipe irá continuar monitorando para ver se essa espécie está presente o ano todo em nossas águas, que são mais frias.”, ressaltou a comunicação do ICMBio.

Os peixes donzela desempenham um papel importante nas comunidades recifais, afetando a variedade de organismos na região. As áreas onde eles vivem tendem a ter mais diversidade de invertebrados e algas.  Geralmente vive em áreas rasas até oito metros de profundidade (sendo que na Ilha ele estava em uma piscina entre as rochas). Apresenta coloração variada em suas fases de vida, quando é pequeno tem uma cor azul e geralmente é capturado para aquários, e na fase adulta fica com a coloração marrom.

 

 

 

Sem lobos ou leões marinhos registrados no último monitoramento

Localizada em frente às praias de Torres, é um refúgio de lobos e leões marinhos, que utilizam o lugar como descanso em suas rotas migratórias, bem como aves de várias espécies, inclusive oceânicas, além de tartarugas, peixes, algas, corais e mariscos.

Mas a presença de pinípedes (lobos e leões marinhos) é mais comum durante os meses mais frios. Sendo que, segundo relatou a equipe do ICMBIo Revis Ilha dos Lobos pelas suas redes sociais, não havia nenhum Lobo ou Leão Marinho na Ilha dos Lobos no mais recente monitoramento (final de janeiro de 2024)


Publicado em: Meio Ambiente






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