Quiosques fixos à beira-mar de Torres vão ter mais prazo para defesa contra pedido de demolição

Desembargadores mandaram trazer de volta para 1ª Instância o processo por falta de argumento. Decisão gera jurisprudência para outros processos similares

Quiosque na Praia Paraiso em Torres funcionará mais por muito tempo sem ameaças judiciais
17 de novembro de 2019

Voltou para a 1ª instância o processo judicial que estava na Justiça Federal (em segunda instância) e que pede demolição de um quiosque localizado na beira do mar, em Torres, e outros que estão localizados na beira do Rio Mampituba.

O Município de Torres, representado pela advogada Naiara Matos e Secretário de Meio Ambiente Júlio Agápio, também compareceu no Tribunal Regional Federal da 4ª Região juntamente com o proprietário do quiosque em pauta, acompanhado pelo advogado Alexandre Quartieiro. Eles foram lá defender a importância dos quiosques para o desenvolvimento do Turismo e da economia de Torres. O município também é réu no embate jurídico, pois a concessão da licença é municipal.

A questão levantada pelas partes no TRF (Prefeitura e advogado do quiosque) foi o fato do processo ter sido sentenciado pela Justiça Federal sem a produção de prova pericial a fim de verificar se o local trata-se ou não de APP (Aérea de Preservação Permanente).

O julgamento das apelações ocorreu na terça-feira, dia 12 de novembro, por quatro desembargadores da 3ª Turma do TRF. Eles decidiram, por unanimidade, declarar a nulidade do processo justamente por cerceamento de defesa e determinou a instrução do processo com produção de prova pericial pela 1ª instância da Justiça, localizada em Capão da Canoa.

Apoio do legislativo

A questão foi debatida em várias esferas públicas nas últimas semanas. O vereador de Torres Gibraltar Vidal, o Gimi  (MDB), por exemplo,  esteve na maioria das audiências com autoridades para apoiar a causa dos donos de Quiosque. Na última sessão da Câmara ele também falou sobre o assunto, lembrando que este ambiente de querer retirar os quiosques aqui no RS é mais agressivo, quando pelo Brasil inteiro existem equipamentos como estes que são elogiados pela população em geral e pelos turistas, porque geram empregos para os locais e atendem o conforto dos visitantes dos destinos,  para o vereador um atributo positivo para o turismo de verão em qualquer lugar.

Pelo ritmo de andamento dos despachos da Justiça Federal em Capão da Canoa, a próxima pauta do embate deve ocorrer no prazo de cerca de dois a três anos – o que dá mais tempo para os empreendedores torrenses se defenderem. Consequentemente eles podem trabalhar com mais calma.

A decisão produz jurisprudência para outros vários processos na cidade que deverão ter o mesmo destino: a volta por falta de produção de provas.


Publicado em: Justiça






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