Nesta terça-feira, dia 1º de dezembro, o secretário de Turismo respondeu para A FOLHA sobre a tendência das restrições e permissões que farão parte dos decretos (estaduais e municipais) mais rigorosos, que buscam frear a curva de contaminação pelo Coronavírus (que vêm aumentando em todo o RS nas últimas semanas). Entre as ações do Governo gaúcho, estão a suspensão temporária do sistema de cogestão (que dava certa autonomia para que as regiões gerissem seus protocolos de distanciamento), alterações em protocolos de bandeira vermelha (risco epidemiológico alto), suspensão de eventos e festas de fim de ano
Para Torres, a maior restrição feita pelo novo decreto estadual se trata da proibição da permanência na faixa de praia, bem como restrição de praças e de ruas. Pelo decreto, fica interditado o uso da praia: não é permitida a fixação de barracas, guarda – sol, cadeiras e outros equipamentos que mantenham as pessoas nos lugares públicos (incluindo a praia). Conforme o governador Eduardo Leite, a Brigada Militar está sendo orientada para coibir aglomerações junto a orla.
O secretário Fernando Nery, pessoalmente, discorda das medidas. Ele defende que haja uma maior fiscalização perante as aglomerações que aumentaram em geral, como festas, encontros na rua e etc. Também acha que devam ser feitos mais trabalhos e campanhas de conscientizações do público sobre prevenção à Covid 19. Mas não concorda com fechamentos tão rigorosos como a proibição da permanência na praia, por exemplo.
“Acabar com o maior produto do turismo de Torres, que é a beira da praia, se trata de acabar com a Economia de Torres”, afirma Fernando. “Vamos ficar junto com os hotéis e os operadores de turismo para tentar reverter isto”, acrescenta o secretário torrense.
Queima de fogos do Réveillon pode estar ameaçada
Estava previsto no calendário da prefeitura de Torres que ocorresse uma queima de fogos na passagem de ano (Réveillon) – como ocorre tradicionalmente na cidade há décadas. Mas pelo decreto do governo, Fernando Nery diz estar nebulosa esta possibilidade, já que atualmente estão proibidas festividades públicas e privadas nos próximos quinze dias (ao menos até dia 15 de dezembro), e não está clara qual será a tendência do governo estadual perante a renovação ou não desta proibição.
O governador Eduardo Leite já afirmou que, se nos próximos 15 dias o estado seguir apresentando crescimento no número de casos por coronavírus, as restrições devem ser estendidas para as datas específicas de final de ano (Natal e Ano Novo).