UTI do Hospital de Torres deverá ter o dobro do número de leitos em breve

Recursos vêm de verbas votadas na Consulta Popular de anos atrás, que por burocracias politicas estavam contingenciadas

Políticos de Torres e da região (na foto com representante do hospital e secretáro da saúde do RS) conseguiram retomar verba para obras
29 de setembro de 2017

Em uma empreitada que já faz anos que está em andamento, a diretoria do Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, em Torres, junto com vários apoios da comunidade política local, buscam recursos para dobrar de cinco para dez o número de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do estabelecimento de Saúde. Foram articuladas parcerias entre a entidade e o governo Estadual para tanto, e verbas oriundas (em maioria) de recursos da chamada Consulta Popular – processo onde a comunidade escolhe as prioridades – foram sendo conquistadas. E no ano passado, 2016, o hospital conseguiu terminar boa parte de uma obra de construção de mais cinco leitos e de colocação da UTI em um espaço maior, com 10 leitos ao todo, dobrando a capacidade.

Só que por uma questão de burocracias públicas e necessidade de aprovação de etapas de obras, uma a uma, para cumprir os ritos exigidos pela lei de utilização de verbas públicas, a obra foi interrompida com boa parte dela já acabada.  E o resultado disto foi o de que a nova Unidade de Terapia Intensiva com cinco leitos a mais ficou pronta, equipada, mas sem ser feita a parte do acesso ao novo espaço no segundo andar do Hospital. Faltou toda a acessibilidade – elevador, escadas e outros equipamentos.  A mantenedora do Navegantes colocou quase R$ 800 mil de recursos próprios, recebeu em torno de R$ 500 mil de recursos do governo Estadual e faltava, à época, os mais R$ 382 mil que faltavam ser repassados pelo Estado, também oriundos da Consulta Popular, mas que foram trancados e contingenciados pelo governo do RS no processo de cortes de despesas generalizado do governo Sartori.

 

Quimioterapia pelo SUS em Torres pode virar realidade

 

Nesta semana que passou, o assessor regional do Deputado Federal Alceu Moreira, o torrense e ex-vereador Alessandro Bauer Pereira comemorou em todos os espaços aqui do município a assinatura do convênio que destina R$ 382 mil para a acessibilidade da UTI do Hospital Navegantes de Torres. Ou seja: conseguiu desbloquear a verba contingenciada.  Conforme nota de Alessandro para a imprensa, estavam ainda presentes no ato de assinatura, o Secretário de Saúde do RS João Gabardo; a diretora executiva do Hospital Navegantes, Irmã Teresa Giacomini; o deputado Estadual Gabriel Souza; o coordenador regional de saúde do governo gaúcho Claudio Paranhos; além do vereador torrense Carlos Jacques.

A mesma nota do vereador assessor do deputado Alceu Moreira comemora outra conquista, para ele (Alessandro) uma conquista com gosto melhor ainda, justamente por ele ter passado junto com muitos políticos torrenses na legislatura passada por várias tentativas de cadastrar o serviço de Oncologia (tratamento de Câncer) do Hospital Navegantes ao SUS. Com isto, o serviço de quimioterapia de doentes torrenses poderá ser feito aqui na cidade, sem necessidade de viajar em vans para a Capital como é necessário atualmente.

“O processo de cadastramento já está sendo conduzido pelos nossos deputados, já que o que faltava era a ampliação dos leitos de UTI, agora com as verbas liberadas”, comemora o ex-vereador Alessandro.

 

Campanha e busca por recursos

 

Agora, a diretoria do Hospital Navegantes vai buscar inteirar os recursos para encerrar a tão importante obra, já que a correção monetária dos valores que foram contingenciados fez com que subisse muito a necessidade de dinheiro em relação ás verbas que foram previstas há alguns anos.

Mas o assunto já está no Conselho de Saúde de Torres. Nas reuniões, o presidente da entidade Francisco Pereira, anuncia que o Conselho Local poderá militar verbas para que a obra seja retomada em breve. Os representantes do Hospital no Conselho têm afirmado nas reuniões (onde o Jornal A FOLHA se tem feito presente) que esta liberação das verbas contingenciadas teria de ser executada (como foi) para, então, o hospital encaminhar os novos orçamentos assim como buscar recursos adicionais fora. E estes recursos devem vir de campanhas ou com apoios de outras entidades, inclusive ONG’s de Serviço, como Lions e Rotary, que já foi avento entre as alternativas.


Publicado em: Saúde






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