Em meio a sistêmicas e crescentes reclamações dos vereadores e da sociedade sobre problemas causados por erros ou defeitos do trabalho da Corsan – agora administrada por empresa privada – em seu pronunciamento na sessão da Câmara de Vereadores realizada na segunda-feira (22), o vereador Fábio da Rosa (Progressistas PP) tornou públicas algumas ponderações apontadas pelos gestores, em Torres, da empresa de saneamento e de fornecimento de água. Fábio falou acerca de problemas que foram citados à ele, e que surgem no dia-a-dia do trabalho em campo da companhia, geralmente causado por erros ou distrações da própria sociedade perante o sistema.
Saídas irregulares de água pluvial das residências ligadas à rede de esgoto seria a principal causa dos “chafarizes” em bueiros causados em tempos de temporais, conforme reclamações dos trabalhadores da Corsan. O inadequado descarte de fraudas, panos e outros materiais em vasos sanitários (consequentemente entupindo a rede) seria outro problema causado pelos consumidores ao sistema de saneamento, o que costuma prejudicar vários consumidores em nome de erros individuais. Óleo de Soja e outras gorduras, utilizados para a fritura e após despejados indiscriminadamente no ralo das pias ou nas privadas, consequentemente também estariam entupindo o sistema de esgoto, ao se misturar com a areia e formar placas similares ao concreto no encanamento, uma outra reclamação dos gestores da captação e tratamento do esgoto da cidade de Torres.
O vereador também ponderou a natural depreciação dos canos colocados no século passado, ainda feitos de cimento amianto, e que com o tempo podem ser estragados, “inclusive por caminhões pesados que trafegam nas vias antigas, lembrou Fábio da Rosa. “Não estou elogiando a Corsan, mas acho que temos de mostrar o lado da empresa”, afirmou.