Vereador reclama do gasto excessivo no Festival de Balonismo de Torres

Rogerinho (PDT) pediu informações e recebeu extrato com quase R$ 1 milhão de déficit entre receita e despesas no evento deste ano de 2018

Imagem do Festival de Balonismo de Torres (divulgação web)
15 de outubro de 2018

Na última sessão da Câmara de Torres, realizada na segunda-feira, dia 8 de outubro, o vereador Rogério Evaldt Jacob, o Rogerinho (PDT) questionou em seu pronunciamento o que, pra ele, se tratam de gastos excessivos da prefeitura no Festival Internacional de Balonismo deste ano. O questionamento do edil conforme diz, se iniciou a partir da cobrança dele acerca da promessa da prestação de contas do Festival deste ano. “Queria saber sobre a prestação de contas do Festival de Balonismo, e me mandaram um extrato com o nome das empresas e os valores que somaram R$ 998 mil de prejuízo”, afirmou Rogerinho.
Para o vereador os valores são muito altos. E por isso, Rogerinho sugeriu a terceirização do evento, para que a municipalidade não gaste tanto. Conforme ele “meia dúzia de pessoas ganharam dinheiro” em 2018. “Só a empresa que locou as lonas faturou R$ 100 mil para alugar as coberturas por poucos dias”, exemplificou Rogerinho.
A seguir, o vereador listou algumas empresas e valores recebidos no extrato de pagamento da prefeitura – completando que, ainda, vai querer ver as notas dizendo onde foram gastos os valores pagos pelas empresas que receberam, para saber bem a qualidade e o custo dos gastos da municipalidade. Para Rogerinho, “as finanças de Torres não podem mais resistir a pagar tudo isto por ano para o Balonismo”. E como justificativa de seu reclame, exemplificou o estado das estradas, que estão ruins, da Saúde, e etc.

 

Pardal fez coro ao colega

A seguir, o vereador Pardal (PRB) fez “coro” ao seu colega sobre as despesas do Balonismo. “Só em Torres se consegue ter um show nacional e ter prejuízo”, ironizou Pardal. A seguir, o vereador concordou com Rogerinho, sugerindo a terceirização de todo o festival, reclamando para justificar: “Gastamos R$ 1 milhão com o Balonismo e R$ 35 mil para o Campeonato Municipal, pouco para a Semana Farroupilha, por exemplo”, disse.

Rogerinho (foto) quer diminuir dispêndio da prefeitura no Festival e pede detalhes

 

Prefeitura não se pronunciou

O Jornal A FOLHA fez contato com a assessoria de comunicação da prefeitura para receber uma resposta sobre as afirmações do vereador Rogerinho – acerca do “prejuízo” de R$ 1 milhão da prefeitura na edição de 2018 do Festival Internacional de Balonismo. Até o fechamento desta edição (quinta feira à noite) a prefeitura havia decidido não se manifestar sobre o assunto.
O assunto de gastar ou terceirizar o Balonismo é antigo. Desde seu crescimento como evento iniciado com força em 2005, no governo João Alberto, os gastos vêm subindo. Tentativas de terceirizar pelo menos parte do evento foram feitas nos últimos anos, com diminuições significativas de gastos finais da prefeitura. Mas nenhuma vez foi terceirizado por inteiro. O movimento do festival, por outro lado, tem sido de suma importância para a economia e para a imagem do turismo torrenses. Ano após ano o evento cresce. Neste ano, por exemplo, o movimento bateu todos os recordes, lotando hotéis e restaurantes durante todo o Festival.
A cobrança dos ingressos dos shows principais foi uma evolução nos últimos cinco anos. Mas nunca houve superávit neste item. Investimentos fixos feitos no parque também fazem parte da estratégia de diminuir os gastos variáveis anuais, o que foi feito em 2018 com a estrutura de vias concretadas dentro do Parque Odílio Webber Rodrigues.
Parece que o debate vai ficar sempre em aberto. Uns preferem terceirizar, outros fazer direto. Mas o que o vereador Rogerinho sugere é a diminuição dos gastos de forma significativa.


Publicado em: Política






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