Vereadores de Torres questionam lista de obras para uso de verbas do Badesul e base do governo responde

PL pede autorização para prefeitura tomar R$ 6 milhões em empréstimo e avaliações dão conta que municipalidade tem capacidade de pagamento. Votação deve ocorrer na próxima sessão

Tubarão e Dê (em cima) questionam direcionamentos do projeto. Fábio e Ernando (embaixo) defendem prioridades apresentadas pelo governo municipal.
19 de maio de 2018

Em seu pronunciamento na última sessão da Câmara, realizada na segunda-feira, dia 14 de maio, o vereador Carlos Monteiro, o Tubarão (MDB), acabou questionando praticamente toda a escolha do governo de Carlos Souza (prefeito de Torres) para utilizar os recursos  oriundos de um empréstimo junto ao Badesul – Banco de Desenvolvimento do Extremo Sul – que serão ( ou não) tomados pela prefeitura. É que está para ser votado o Projeto de Lei (PL) que autoriza a municipalidade a receber até R$ 6 milhões de empréstimo do banco de fomento. O prefeito Carlos Souza já divulgou para a sociedade e para os vereadores os locais onde o dinheiro será utilizado. Consequentemente,  os vereadores que fazem oposição ao governo na Câmara colocaram suas opiniões sobre a qualidade de uso do dinheiro, para mostrar suas escalas de valores nas prioridades de investimentos no município.

 

Mais em Escolas e menos em reparos de vias

Tubarão questionou o uso de dinheiro para refazer a pavimentação da entrada das praias do Sul. Para ele, gastar R$ 615 mil para ‘tirar e colocar pedras’ em vias não seria uma boa forma de gastar dinheiro de empréstimos. Ele sugeriu, por exemplo, que a prefeitura construa um ginásio de Esportes na Vila São João, conforme o vereador, “cobrado por pais de alunos e educadores das escolas daquele bairro”.

Outro questionamento, do mesmo vereador oposicionista na Câmara, criticou o uso de cerca de R$ 1,5 milhão dos recursos do empréstimo  em obras de melhorias do Parque do Balonismo (Odílio Webber Rodrigues). Ele lembrou que o local ainda não está escriturado no nome da prefeitura. Por isso achou temerária a opção de investir dinheiro público num lugar que poderia ser requerido pelo dono (governo do Estado). É que o imóvel foi permutado com a cidade de Torres para que o governo do RS construísse o Aeroporto Regional, na Estrada do Mar. Na permuta (feita de fato – mais ainda não formalizada), a prefeitura de Torres desapropriou e comprou a área atual do aeroporto, e em contrapartida recebeu a área do antigo aeroporto, hoje parque do Balonismo. Só que burocracias jurídicas ainda estão pendentes para formalizar e escriturar as duas áreas para os novos donos e encerrarem juridicamente a troca de imóveis.

 

Investimentos em pendências

O vereador Dê Goulart (PDT) também questionou a tomada do empréstimo, e não garantiu qual será seu voto no PL que autoriza a prefeitura a se endividar. Para Dê a centralização das atividades da prefeitura atual no imóvel comprado em 2013 para ser a nova sede administrativa ( ex-hotel Beira Mar), é pendência importante. Para ele, o governo deveria priorizar a centralização definitiva para parar de pagar vários alugueis que ainda mantêm – isso por não conseguir reformar mais andares do novo centro administrativo para abrigar as repartições que ainda pagam alugueis mensais. Ele ainda acha que os investimentos em vias deveriam ter como prioridade o conserto de áreas urbanas centrais que alagam nas chuvas – como as ruas no centro, no entorno da Bomagg e adjacências – ao invés de reformar praias do Sul. E por isso deu o recado que, mesmo seu partido sendo ainda teoricamente parte da base do governo Carlos Souza, ele ( Dê Goulart) não garante que vai votar a favor da tomada de empréstimo.

 

*Editado por Guile Rocha


Publicado em: Política






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