Vereadores torrenses aprovam moção contra as privatizações de estatais gaúchas

Movimento neste sentido quer garantir que se mantenha a obrigatoriedade de plebiscito para as privatizações locais

4 de março de 2019

 

Na sessão da Câmara dos Vereadores de Torres realizada na segunda-feira, dia 25 de fevereiro, foi aprovada por UNANIMIDADE o requerimento feito pela Mesa Diretora da casa, apoiando o movimento de servidores da CEEE, Corsan, dentre outros, que se colocam contra as privatizações das empresas estatais gaúchas. É que o governador Eduardo Leite (PSDB), eleito no ano passado, está projetando colocar em votação na Assembleia Legislativa gaúcha uma PEC (Projeto de emenda Constitucional) para retirar a obrigatoriedade constitucional do estado do RS de haver plebiscito para privatizar empresas de propriedade do Estado.

 

Maioria das manifestações verbais foi também contra as privatizações

 

Nas manifestações em tribuna sobre o assunto – feitas na presenças de militantes contra as privatizações (os quais estavam presentes no auditório do plenário torrense) – os vereadores se posicionaram como o movimento ‘CONTRA qualquer privatização’.  A vereadora Zete (PT) chegou a sugerir que estaria havendo manipulação do governo atual ao querer privatizar. “Se as empresas estão dando prejuízo, qual será o empresário que vai comprar o negócio? Ninguém” respondeu a vereadora.

O vereador Rogerinho (PDT), em seu pronunciamento disse que acha que “quem deve decidir sobre a venda de patrimônio Público deveria ser o povo”, portanto defendeu a manutenção do Plebiscito atualmente obrigatório. Mas o vereador também, mais uma vez, defendeu a função social de empresas estratégicas, como as de energia e de água (CEEE e Corsan no RS). “Quem irá colocar pontos de luz no interior, como é feito hoje pela CEEE, por exemplo?” Indagou. “Na lógica das empresas privadas, isto não vai acontecer porque não há retorno e lucro nestas operações”, explicou, ao defender a manutenção das empresas com o Estado do RS.

O vereador Tubarão (MDB) também se posicionou contra as privatizações das empresas estatais gaúchas. “Não devemos vender o que é nosso assim como não devemos vender nossa casa para pagar aluguel”, fez uma analogia o vereador, ao defender a manutenção das Estatais em poder do Estado do RS.

O Vereador Gimi (MDB) foi mais enfático ainda. Mas foi enfático sobre a retirada do Plebiscito buscado pelo governo Leite. “Não sei como um político sugere retirar o direito a voto da população, fico até com vergonha de meu MDB estar junto com este governo no Estado” reclamou o vereador. “No governo anterior a esquerda não deixou que houvesse o Plebiscito, o que também repudio. E agora este governo quer retirar?” questionou Gimi. Ele não se posicionou verbalmente se é contra a privatização defendida pelo MDB no governo Sartori, mas votou a favor da moção contra o objetivo do atual governo em privatizar.

Nenhum vereador pediu a palavra ou usou a tribuna para se posicionar A FAVOR das privatizações buscadas pelo atual governador, assim como não se manifestou a favor da retirada do plebiscito para aprovar ou não as desastizações, embora muitos partidos estejam na base do governo Leite, no RS. O governo gaúcho alega que é necessária a privatização rápida de algumas empresas e que o processo de privatização é irreversível (em sua ótica). Sobre o plebiscito ainda, defensores da ideia da retirada da obrigatoriedade do processo de votação popular para a venda de estatais defendem que este não deveria nem ter sido aprovada no passado, porque não há necessidade (por outro lado) de haver plebiscito para fundar Estatais do Estado.

 


Publicado em: Política






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