CARNAVAL EM TORRES: Praia lotada, festas e reclamações

Chuva e frio fora de época surpreenderam, mas a cidade encheu. Folia de Rua (foto) voltou a ocorrer, porém com reclamações por parte de quisqueiros

16 de fevereiro de 2018

E mais um carnaval passou por Torres. Como de costume, a cidade lotou, mesmo com o clima ruim dos primeiros dias do feriadão prolongado. Restaurantes e hotéis tiveram bom movimento, Parque da Guarita em alguns dias teve lotação máxima, o trânsito na cidade ficou complicado. Na terça-feira de manhã – dia em que o sol brilhou forte –  as areais da Praia Grande viraram um mar de guarda-sois coloridos, literalmente lotada.

 

Folia de Rua atrai milhares

 

Várias festas foram realizadas em estabelecimentos particulares de Torres – dando espaço para a diversão dos festeiros (apesar de jovens ainda reclamarem da falta de opções noturnas na cidade, em comparação com Capão da Canoa). Uma ‘novidade antiga’ foi a volta do Torres Folia de Rua – o carnaval de rua de Torres, aberto ao público, que não havia ocorrido no ano passado. O evento foi organizado pela Prefeitura de Torres, através da Secretaria Municipal de Turismo, com envolvimento de todas as secretarias. A iniciativa contou com o apoio do Sistema Fecomércio-Sesc, Associação dos Quiosques do Calçadão da Beira-Mar, Brigada Militar e equipes dos balões das empresas Sosseg, VCA Maggi e RDimer.

Apesar do frio considerável (estranho para a temporada de verão) e da chuva intermitente, os blocos aqueceram o clima e comandaram a festa, fazendo uma enorme folia  que reuniu milhares de pessoas nas noites de 10 e 12 de fevereiro. Durante os festejos, a Av. Barão do Rio Branco e ruas adjacentes por onde a folia passou foram fechadas, e o evento literalmente ‘parou’ a cidade (e o trânsito). O desfile dos blocos foi conduzido por equipes de balão, para lembrar os 30 anos do Festival Internacional de Balonismo que acontecerá de 27 de abril a 1º de maio de 2017. Participaram da Folia de Rua os blocos ‘Até que a Lua Vire Sol’, ‘Marcas do Tempo’, ‘Jaqueline Lima’, ‘Casa do Seu Zé’, ‘Clésio Cabeleireiro’, ‘Quem me viu mentiu – se tem foto é montagem’ e ‘Alguém me viu aqui?’ (este últmo de Santana do Livramento / Rivera).

 

Reclamações sobre comerciantes ‘paraquedistas’

Quiosqueiros reclamaram de exagero no número de ambulantes em praça da Praia Grande (foto)

 

Passado o Carnaval, o jornal A FOLHA recebeu reclamações vindas de comerciantes de gastronomia e bebidas do calçadão. Estes deram conta que a prefeitura teria deixado que outras operações e outros comerciantes individuais se estabelecessem na Praça Claudino Pereira, no ‘coração’ da Folia de Rua (final do itinerário). As reclamações vieram porque os quiosqueiros já estabelecidos no Calçadão haviam participado com uma espécie de “vaquinha”, onde estes apoiaram financeiramente a municipalidade para gerir as questões de logística e limpeza durante o Carnaval (além do que já pagam regularmente em IPTU, Alvará e outros impostos). Entretanto, na hora de o grupo colher o investimento com vendas, a municipalidade teria deixado que outros comerciantes vendessem bebidas e alimentos no lugar, retirando dos fixos e estabelecidos muitas vendas, por conta da concorrência inesperada. Os comerciantes reclamantes argumentam, ainda, que já estão em um bom número e que supririam a venda de comida e bebida dos foliões. Portanto,  não haveria necessidade de mais vendedores no espaço, onde se concentraram os blocos de Carnaval após o desfile. E flagraram com fotos, inclusive, alguns destes comerciantes “paraquedistas” puxando para seu estabelecimento luz de um poste de energia pública – que seria para alimentar o funcionamento dos banheiros químicos colocados nos containers.

Contatada pelo jornal A FOLHA em relação a este assunto, a Secretária da Fazenda Clarice Brovedan  – responsável pela fiscalização de ambulantes – indicou que a prefeitura recebeu denúncia sobre irregularidades na praça e foi até lá conferir. Em relação ao ambulante que teria ‘puxado’ a luz do poste público, fomos informados que trata-se de um comerciante regularizado e com alvará, que foi alertado de sua irregularidade e, no outro dia do carnaval, não estava mais instalado lá. Conforme a secretária, a grande presença de comerciantes ‘paraquedistas’ na praça Claudino Pereira durante o Carnaval foi ‘um fato novo’ para a atual administração municipal (que assumiu no começo de 2017), e que precisa ser melhor observado nos próximos grandes eventos. Entretanto, não fomos informado se estes mesmos ambulantes possuíam licença para operar no local, ou se também contribuíram financeiramente para a organização do carnaval na área – como ocorreu com os quiosqueiros estabelecidos.


Publicado em: Geral






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