Neste domingo (8 de novembro), um grupo da Marcha Mundial das Mulheres de Torres, juntamente com dezenas de simpatizantes, organizou uma caminhada para alertar sobre a questão da cultura do estupro no Brasil. O grupo pedia justiça no caso da influenciadora digital Mariana Ferrer, que recentemente ganhou repercussão nacional.
O ato em Torres iniciou na Praça XV de Novembro e se destinou até a Prainha, sendo que @s manifestantes portavam cartazes com frases que evidenciavam a forma como o sistema culpabiliza vítimas de violência sexual e pediam justiça no caso Mariana Ferrer. A manifestação foi totalmente pacífica contando com boa receptividade das pessoas que circulavam na rua.
Sobre o caso Mariana Ferrer
A influenciadora digital Mariana Ferrer, 23 anos, foi humilhada durante audiência judicial que analisava denúncia de estupro registrada por ela. Cláudio Gastão Filho, advogado do acusado André Camargo de Aranha, insultou a jovem, a chamou de mentirosa e exibiu fotos sensuais feitas por ela, sem qualquer relação com o suposto crime, falando em poses “ginecológicas”.
Segundo Ferrer, o estupro ocorreu em dezembro de 2018 durante uma festa em um clube de luxo em Florianópolis. Ela diz que havia bebido e que, posteriormente, foi dopada e estuprada por Aranha. Ele nega o crime. O empresário foi inocentado pela Justiça, a pedido do Ministério Público, órgão responsável pela acusação.
O defensor foi notificado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Santa Catarina, onde ocorreu o julgamento, para prestar esclarecimentos. Ele diz ter atuado dentro dos “limites profissionais e legais” e afirmou ser comum a dinâmica “acalorada” entre acusação e defesa em audiências.
*Com informações e fotos de http://www.radiowebtorrescidade.com/