CARNAVAL ANTECIPADO na eleição em Torres

Coluna de Fausto Jr - Jornal A FOLHA - Torres - RS - Brasil

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16 de outubro de 2023
Por Fausto Júnior

Em Torres, os movimentos que “iniciam” dentro das entidades políticas visando a eleição de 2024, principalmente para a cadeira de Prefeito, mais parecem o início do desfile de várias escolas de samba do Carnaval Carioca. Tudo para conseguir os em torno de R$ 30 mil do salário de prefeito, mais o peso da caneta do mandatário, que, conforme narrativas e origem delas, sugere que se tenham outras vantagens pessoais quando na cadeira maior das prefeituras…

Os temas dos sambas das escolas locais, representadas pelos partidos políticos torrenses, são baseados em várias estórias (ou histórias). A importância da mídia – chamado 4º poder – tem se mostrado um tema recorrente entre várias escolas de samba locais (partidos). Umas sinalizam que a compra de uma emissora de rádio é mais importante para se conseguir o 4º Poder. Outras mostram que o rádio não é importante se for só: têm que se ter um jornal local também… E aí vai, e o sambista “solta o gargalo” cantando o samba enredo… com coro de vários sambistas (ou puxa sacos)

Tirar ou colocar o protagonismo de servidores públicos no poder (como secretários) exercendo o papel de Porta Bandeira nos desfiles que se inicia, também tem sido uma forma de vender melhor as estratégias das agremiações (ou escolas de samba). É que o serviço feito pelo poder executivo em nome de uma “causa” (sic) é uma forma de escolas de samba conquistar e retirar de concorrentes sambistas para seu desfile. Nomear ou desnomear os porta bandeiras, portanto, têm sido notório em discursos na Câmara Municipal, uma espécie de moeda de poder que vai para um lado num dia e volta pro outro noutro… o que gera “obras inacabadas”…

Contratação de baterias barulhentas anunciando “boas novas” na rua como se notícia oficial fosse, também é uma tática para confundir o coração do povo, que não sabe se dança naquele samba ou se vai deixar passar todas as baterias para escolher qual samba dançar.

Enfim. A cota de transmissão do carnaval na TV deve ter um leilão com vários participantes, o que aumenta o preço do cachê pela irrevogável lei da Oferta X Procura.

É carnaval. E como em todos, tem a quarta-feira de cinzas e suas ressacas. Olho no lance!

 

Ponto “Facultativo”

Leio na capa do site do governo do RS na quarta-feira (11/10), que o governo estadual declara Ponto Facultativo nesta sexta-feira, 13 de outubro, com certeza para propiciar um feriadão aos servidores. Será?  É que talvez algum funcionário “faculte” bater o ponto das repartições estaduais, inclusive nas escolas. Portanto não se trata de feriadão oficial para o serviço público. Trata-se de um feriadão facultativo… Ou não?

Nas cidades, nas Câmaras Municipais, no Poder Judiciário, no Ministério Público e em todas as entidades públicas nacionais em geral, este ponto “facultativo” faz parte da “Cultura” nacional, estadual e municipal. Deve estar inclusive na lista da Lei Ruanet… São poucos os municípios e repartições que resolvem não fazer ponto “facultativo”. A prefeitura de Arroio do Sal é um dos poucos exemplos, quando em algumas datas não decreta este “Ponto” para dar espaço que veranistas possam resolver seus problemas na prefeitura “gozando” seus feriadões.  Mas aí não é igualdade… como dizem…

Mas por que será que os funcionários Públicos são uma categoria de trabalhador especial, de pessoas que merecem mais do que os trabalhadores normais do Brasil regidos pela CLT (ou pela lei das selvas no caso de informalidade – que às vezes acho mais limpa do que a CLT)? Não consigo entender o porquê de as repartições públicas, mesmo tendo mais que o dobro de trabalhadores do que as mesmas atividades privadas insistem em emendar os feriados através da decretação de pontos “facultativos” nos dias posteriores ou anteriores dos feriados, para propiciar feriadões aos seus servidores. Repartições propiciarem estes feriados longos quando reclamam, ainda, que não têm tempo de realizar todas suas tarefas, como o despacho dos processos – no Poder Judiciário; o cumprimento das horas escolares prevista na lei; a realização de operações tapa-buracos nas cidades, dentre outros vários serviços represados no setor público.

Ponto Facultativo como se alguns “facultassem” bater ponto… Talvez… Ou não?

 

Ponto “Facultativo” 2

Não sei… Acho que efetivamente os “servidores do povo”, povo que paga o salário deles (servidores), têm mais benefícios que o próprio patrão (o povo). Parece mais uma pérola da incompetência.

A culpa não é do servidor, que está na dele ao buscar trabalho pelas regras em validade, buscar trabalho para se posicionar profissionalmente e se sustentar, como qualquer outro parceiro seu de sociedade… A culpa REAL é do Corporativismo Estatal, o mesmo que paga R$ 45 mil por mês para um ministro do Supremo, ministro este que vai aos microfones dizer que a solução do Brasil é a implementação da “Igualdade” salarial, quando o salário mínimo é de R$ 1,300: 34 X menos do que o salário do ministro “idealista”, o “teto” (que acaba sendo piso em muitas repartições) do salário do Judiciário.

Talvez este ministro afetado (ou picareta) possa sugerir que o ponto facultativo seja lei para todas as empresas, no Brasil, inclusive para as organizações criminosas, tão colocadas em destaque ultimamente com anulação de sentenças, inclusive. Ou seja: mais um imposto para justificar seu salário de Marajá e seus parceiros do corporativismo estatal…  Não é?

 

Ponto Facultativo é bom para o Turismo

Mas os locais turísticos, como Torres, se beneficiam muito com a decretação destes pontos facultativos no serviço púbico. É que nos feriadões, as praias acabam enchendo, tanto através do uso de apartamentos e casas por pessoas que vêm para o litoral aproveitar o feriado prolongado (muitos servidores público em feriadão), quanto de pessoas mais abonadas (inclusive muitos servidores públicos em feriadão) – que utilizam os hotéis para descansar depois de “facultar não bater o ponto no trabalho”. Mesmo quando, em alguns casos, estes pontos facultativos acabem prejudicando alguns veranistas que gostariam de regularizar seus imóveis nas prefeituras das cidades, mas não conseguem, porque o ponto facultativo é “para todos”, e seus colegas em Torres também “não facultaram” bater o ponto em suas repartições locais, mesmo que saibam que veranistas não tem como vir na cidade em dias úteis em muitos casos. E a coisa fica corporativa e parece brincadeira. E o cidadão, que paga imposto para pagar estes salários dos servidores em feriadão especial, fica se sentindo palhaços em circo contratado para convenção de servidores estatais.  (Lembro que a culpa não é do servidor e sim do sistema corporativista).

Mas Feriadão é bom para o turismo. Gera emprego e renda. Talvez seja uma das teorias militadas pelos seguidores do Keynesismo para gerar emprego total, mas que não tenha sido listada nos exemplos de prática da teoria nos livros, como as de abrir buraco para ter de fechar depois para gerar emprego para ambos os casos: abrir buraco e fechar buraco. Pois, Pois…

Olho no lance!

 

 




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