Na última sessão da Câmara de Torres, realizada na segunda-feira, dia 15 de outubro, o vereador Gibraltar Vidal, o Gimi (MDB), em seu pronunciamento denunciou o que qualifica como omissão de socorro feita por um médico plantonista do Hospital Navegantes, em Torres. O vereador narrou fato onde, sábado dia 13, um adolescente de 14 anos teria sido encaminhada do Posto Central de Saúde (PA24h) para o hospital por conta do caso ser considerado Urgência/Emergência. Conforme narrativa do Gimi, após a realização de exames, o mesmo foi diagnosticado com pneumonia.Entretanto, mais tarde, ele voltou ao hospital porque os sintomas teriam piorado…. mas o médico de plantão negou atendimento, por não achar o caso grave. O vereador reclamou porque o menino já estaria com sintomas sérios como falta de ar, dentre outros, quando não foi atendido. O médico assumiu que não iria atender ou internar o paciente ‘porque achava que não era necessário’ (conforme o vereador narrou). Ainda, para encerrar o assunto, o plantonista teria solicitado que os familiares do adolescente, se quisessem, voltassem no início da noite de sábado para ver se o plantonista seguinte entenderia, mais uma vez negando atendimento ao paciente ( tudo conforme denúncia pública do vereador).
No domingo (15), o adolescente voltou ao hospital com os sintomas agravados. E foi quando ele acabou sendo internado, sendo que a desconfiança nova é que o paciente pode estar com uma crise dentro do quadro de Tuberculose. E foi por isto que o vereador Gimi reclamou, sendo que, para ele, foram dois erros: 1ª) que a criança não foi respeitada quando voltou ao hospital com os sintomas agravados e que indicariam internação, ainda no sábado; 2ª) Que a criança acabou ficando em salas de espera por muito tempo, junto a muitas pessoas, quando já estava com Tuberculose. Consequentemente, expos outros ao vírus.
FOTO: Gimi reclamou de omissão de socorro o erro do médico de plantão
Ministério Público entrou no caso
Conforme o vereador ele constatou as reclamações perante à secretaria de Saúde de Torres – que atendeu o adolescente inicialmente no Posto de Saúde, relatando o caso inclusive junto à Secretária da pasta. Isto foi feito após Gimi ser procurado pelos familiares da criança enferma.A seguir, ele entrou em contado com a Promotoria Pública ( tudo no final de semana). E foi após isto que o promotor e o vereador tiveram que entrar em contato com o diretor técnico do Hospital Nossa Senhora dos Navegantes para conseguir o atendimento (internação), o que foi feito somente no domingo, com a constatação da desconfiança do quadro de Tuberculose ao invés da pneumonia ( ou os dois juntos). O jovem ainda estava hospitalizado até quarta-feira à noite com os sintomas ainda bem fortes e com cuidados especiais. Mas ainda não havia sido confirmado o quadro de Tuberculose ( desconfiado pelos sintomas). Exames fora feitos e ainda não foram confirmados os resultados até a noite de quinta-feira (18).
“Olha só o risco que estamos correndo. Se for tudo confirmado, um jovem ficou exposto, sofrendo e talvez passando o bacilo da Tuberculose na espera. Pra mim isto é omissão de Socorro”, afirmou Gimi em seu pronunciamento. O vereador ainda reclamou da falta de atenção aos mais necessitados nestes casos. “Isto é covardia, fizerem isto com pessoas humildes, as que menos podem resolver por si seus problemas. Tenho certeza que se fosse um figurão, o médico iria atender”, desabafou o vereador, lembrando, no discurso, que a política certa é atender de forma especial os menos favorecidos (mais atenção justamente aos mais humildes).
No final, o vereador sugeriu um exame de consciência aos servidores da medicina (médicos e outros) que optam para trabalhar em locais que são cadastrados pelo SUS: “ Se acha que o salário é pouco, que não busque emprego no sistema público. Não adianta o município fazer a parte dele se o hospital não faz a sua ao atentar para as contratações”, encerrou Gimi.